Blog da Escola de Referência e Educação Jovens e Adultos Amaury de Medeiros

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24 de setembro de 2011

Revista Veja e Anglo Vestibulares realizarão simulado do ENEM - Inscreva-se, é de graça!

 

Inscrição

É hora de testar seus conhecimentos para o Enem 2011. E de graça!
No dia 8 de outubro, VEJA realiza em parceria com o Anglo Vestibulares o primeiro simulado on-line do Enem. A prova reproduzirá, via internet, as condições do exame, como duração, número de questões e áreas de abrangência (ciências humanas, ciências da natureza, matemática e linguagens). Nesta edição, não haverá redação. O gabarito do exame e os resultados dos participantes serão divulgados no site de VEJA.
As inscrições, em número limitado, são gratuitas e estão abertas até o dia 2 de outubro.
Para participar, leia o regulamento e clique no botão de inscrição abaixo.



Importante: o processo de inscrição é composto por duas etapas obrigatórias. Para garantir seu lugar no simulado, siga as orientações e não deixe de realizar as etapas.

Boa prova!

 
» Regulamento

Fonte: Veja Online

23 de setembro de 2011

Arqueólogos descobrem evidências de gigantesco estaleiro do Império Romano

Estrutura tem 145 metros de comprimento e 60 de largura, com área maior que um campo de futebol. Se confirmada, será o maior estaleiro do tipo já descoberto no Mediterrâneo

Imagens geradas por computador do candidato a estaleiro encontrado pelos arqueólogos
Imagens geradas por computador do candidato a estaleiro encontrado pelos arqueólogos (Portus Project)
Uma equipe internacional de arqueólogos da Universidade de Southampton e da Escola Britânica em Roma (ambas da Inglaterra) encontrou o que pode ser o maior estaleiro de navios do Império Romano. A descoberta da gigantesca estrutura foi feita próxima ao ancoradouro natural da antiga cidade romana de Porto, ao sul de Roma. Os arqueólogos ainda precisam encontrar outras evidências, como as rampas utilizadas para jogar os navios construídos no mar, para confirmar que a estrutura realmente é um estaleiro.

O prédio encontrado data do século II e possuía 145 metros de comprimento, 60 de largura, uma área maior que um campo de futebol. Em alguns lugares, a construção tem um pé-direito de 15 metros, três vezes a altura de um ônibus de dois andares. Partes de grossos pilares de tijolo ainda estão visíveis, dispostos de modo a dar suporte para oito compartimentos cobertos com telhados de madeira.

Já se sabia que a antiga cidade de Porto era uma rota crucial ligando Roma a outros pontos do Mediterrâneo durante o Império Romano. A mesma equipe que encontrou o candidato a estaleiro investiga a cidade há vários anos, mas nunca havia encontrado uma estrutura que se parecesse com um estaleiro.
Confira imagens geradas por computador da cidade antiga de Porto:


Inicialmente, os arqueólogos pensaram que o prédio era usado como um armazém, mas a escavação mais recente mostrou que a estrutura pode ter sido utilizada para a manutenção de navios. Poucos estaleiros do Império Romano já foram descobertos, e se os cientistas conseguirem provar que o lugar realmente era usado para a construção de navios, esse será o maior do tipo na Itália ou no Mediterrâneo.

Com a ajuda de computadores, os arqueólogos conseguiram fazer uma maquete virtual do prédio. "Trata-se de uma vasta estrutura que poderia facilmente abrigar madeira ou outros suprimentos e certamente tem tamanho suficiente para condicionar a construção ou armazenamento de navios", disse Professor Keay, líder da equipe de arqueólogos da Escola Britânica de Roma. "A escala, posição e natureza única do prédio levam a crer que ele teve um papel fundamental nas atividades de construção de navios".

Saiba mais

Porto, a cidade portuária do Império Romano
Porto foi uma cidade-porto na região de Lázio, Itália, ao sul de Roma. Foi construída por ordem do imperador Cláudio no ano 42 d.C. na margem direita da foz do rio Tibre. A ideia era substituir o principal porto fluvial do império, Ostia, situado na margem esquerda do Tibre, em frente a Porto. O ancoradouro original ficou praticamente inutilizado para barcos de grande porte devido a acumulação de detritos depositados ao longo do tempo na foz do Tibre. Por isso, foi construído um novo complexo portuário para assegurar os negócios de Roma.
Evidências — Em 2009, os cientistas encontraram uma espécie de Palácio Imperial ao lado de um anfiteatro. Os pesquisadores acreditam que os prédios formavam um complexo de onde oficiais do império coordenavam o movimento dos navios e das cargas dentro do porto. O estaleiro seria parte integral da estrutura.

Outra pista foi encontrada em inscrições na cidade de Porto. As marcas registram a existência de uma corporação de construtores de navios na cidade. Além disso, um mosaico encontrado em uma antiga mansão na saída a sudeste de Roma, e que agora está no Museu do Vaticano, mostra a fachada de um prédio similar ao encontrado pelos pesquisadores, claramente exibindo um navio em cada um dos oito compartimentos.

Contudo, os arqueólogos reforçam que precisam encontrar mais provas de que o prédio era realmente um lugar onde acontecia a construção de navios durante o império romano. Os pesquisadores ainda não descobriram rampas que teriam sido usadas para jogar os navios no mar. "Elas podem estar em camadas mais profundas do solo", disse Keay. "Se encontrarmos essas rampas, não teremos mais dúvidas, mas pode ser que elas não existam mais".

11 de setembro de 2011

Você acha que as escolas particulares brasileiras são boas?

Os pais com filhos em escolas privadas precisam saber que não é possível criar uma ilha da fantasia que produz prêmios Nobel em meio a um sistema público esfacelado

Miguel Candia/Veja
A privatização não é panaceia: No Chile, a competição se deu na seleção dos melhores alunos, o que não eleva o nível do ensino em geral
A privatização não é panaceia: No Chile, a competição se deu na seleção dos melhores alunos, o que não eleva o nível do ensino em geral Eu tive o privilégio de estudar em boas escolas particulares. Só quando fui cursar uma universidade de ponta nos Estados Unidos é que entendi quão deficiente minha escolaridade havia sido. 

Meus colegas indianos haviam lido Shakespeare e Dante para a escola. Na minha, lemos Lima Barreto e Adolfo Caminha. Os chineses e os russos tinham uma intimidade com a matemática que lhes permitia visualizar a relação entre equações e as formas espaciais que elas descreviam. Para mim, matemática era só pegar lápis, papel e resolver um problema. Os dados estatísticos mostram que as deficiências da minha escola são compartilhadas por milhões de alunos de todo o país. 

No Enem de 2008 (inacreditavelmente, o último ano disponível), as escolas privadas atingiram a média de 56 pontos, em uma escala que vai até 100. Ou seja, mesmo nessas escolas os alunos dominam pouco mais da metade das habilidades que deveriam. Se olhamos para o Pisa, o teste internacional de educação mais respeitado do mundo, que mede o aprendizado de jovens de 15 anos, os problemas são parecidos. O desempenho em leitura dos 25% dos alunos brasileiros mais ricos é inferior ao desempenho do aluno médio dos países desenvolvidos e é também inferior ao dos 25% mais pobres de lugares como Coreia do Sul, Finlândia, Hong Kong e Xangai. Se comparamos o desempenho dos 10% mais ricos do Brasil com o dos 10% mais ricos dos países desenvolvidos, a diferença que nos separa é equivalente a quase um ano de escolaridade. É como se a elite daqueles países estudasse um ano inteiro a mais que a nossa. Esses resultados ficam mais visíveis no ensino médio, mas as dificuldades começam antes. A recente Prova ABC, com crianças de 8 anos, mostrou que já nessa idade 21% dos alunos de escolas privadas não alcançam o desempenho mínimo esperado em português e 26% em matemática.

Como se explica, então, que a maioria dos pais de alunos das escolas privadas esteja satisfeita com a qualidade da escola dos filhos e que não se vejam muitos movimentos pela criação de mais escolas de ponta na rede privada que se equiparem àquelas dos países desenvolvidos? Suspeito que a resposta tenha muito a ver com algo que os alemães magistralmente chamaram de Schadenfreude: a satisfação diante da desgraça alheia. Os pais com filhos em escolas privadas se satisfazem com o fato de a educação pública ser ainda pior. Se no Enem as escolas privadas só chegam a 56 pontos, as públicas não passam de míseros 37. Se na Prova ABC um em cada cinco alunos das escolas privadas não atinge o nível esperado de aprendizado, o que dizer dos alunos da escola pública, em que mais da metade não atinge esse nível em leitura e dois terços em matemática?!

Se você é um típico pai ou mãe de aluno de escola particular, é grande a possibilidade de que ache que já está fazendo tudo o que pode ao trabalhar duro para pagar uma boa escola. O aprendizado, você acha que é obrigação da escola. Cada vez que você lê sobre alguma avaliação educacional, acha que o problema é de quem estuda em escola pública. Ao ver os resultados desses testes e não encontrar a escola de seu filho nas piores posições do ranking, você tem a reconfortante sensação de que seus esforços estão dando resultado, de que, na competição que é o mundo moderno, a educação que você consegue oferecer a seu filho já lhe dá uma grande vantagem. 

Tenho más notícias. Primeira: os tempos mudaram, e a arena de competição desta geração não é mais o Brasil, mas o mundo. Se seu filho for despreparado, vai perder o emprego para um indiano, australiano ou chinês. Você talvez sinta pena dos alunos das escolas públicas, mas os chineses e finlandeses sentem pena de você. Segunda: o desempenho superior da escola de seu filho se deve mais a você do que à escola. Naercio Menezes, do Insper, fez uma análise econométrica dos dados do Saeb e nela demonstra que dois terços da diferença de desempenho entre os alunos das escolas públicas e os das particulares são atribuíveis ao nível socioeconômico dos pais. As escolas privadas não são muito melhores do que as públicas. A grande diferença é que atendem um público mais pronto para aprender.

Por que esse déficit de qualidade, mesmo na rede paga? Primeiro, porque o sistema brasileiro de formação de professores é péssimo. A futura professora sai da faculdade despreparada. A escola particular ainda tem uma certa vantagem por poder contratar os melhores, pagar a cada um de acordo com o seu desempenho, demitir os piores e impor métodos e cobranças. Assim consegue uma vantagem, mas não tem como tirar leite de pedra. Em segundo lugar, a escola sofre com a pouca cobrança e participação dos pais. Se os pais desencanam do aprendizado dos filhos, o horizonte de possibilidades da escola é reduzido.

Quais as consequências práticas? Os radicais de esquerda, que praguejam contra a “mercantilização do conhecimento” e pregam a estatização do ensino, devem saber que as escolas privadas representam, sim, um ganho de aprendizagem para seus alunos, ainda que menor do que se imagina. A hipótese de que a rede privada prejudica a rede pública não se confirma. Estudos em diversos países mostram que a concorrência com o sistema privado faz bem às escolas públicas, aumentando sua qualidade e elevando o salário dos professores, mas na maioria dos casos o impacto é pequeno. (Os estudos estão disponíveis em twitter.com/gioschpe.) 
Também erram aqueles que acham que a privatização do ensino seria a panaceia. Um estudo sobre o sistema chileno, que privatizou grande parte de sua educação básica, mostra que o caminho preferido das escolas para competir é a seleção dos alunos. Se a escola consegue atrair os melhores, provavelmente será a melhor. Dificilmente o Brasil daria o salto educacional de que precisa apenas com a privatização das escolas: haveria grande concorrência pelos melhores alunos, mas isso não necessariamente melhoraria o nível do ensino como um todo. Sem falar no papel da escola como ambiente socializador e desenvolvedor de uma identidade nacional. Ou seja: o sistema misto e liberal do Brasil está no caminho certo e deve ser protegido dos ideólogos.

No plano micro, quais as lições aos pais? Em primeiro lugar, a de que precisam participar mais da educação dos filhos e se preocupar mais com o aprendizado em termos absolutos e menos com a vantagem da escola deles em relação à escola de seus amigos ou às escolas públicas em seu redor. E, mais importante, os pais precisam saber que não é possível criar uma ilha da fantasia que produz prêmios Nobel em meio a um sistema público esfacelado. Pois é o sistema público que forma os professores de seus filhos. Precisamos pensar como país, encarar o problema de forma sistêmica. Ou resolvemos o problema de todos, ou vamos acabar não resolvendo o de ninguém. No ano que vem haverá eleição municipal. Que tal escolher seu candidato com base no desempenho das escolas que ele já administrou?

Fonte: Veja Online - Educação

7 de setembro de 2011

'O diretor precisa se ver como um gerente'


Educador. Para o americano Richard Hinckley, papel do professor é facilitar o aprendizado - Divulgação

Richard Hinckley, CEO do Center for Occupational Research and Development (Cord)

Com grande experiência profissional e pessoal dentro da escola, Richard Hinckley acha que o diretor, antes de tudo, deve ser um facilitador da vida dos professores, provendo o melhor ambiente de trabalho possível e, assim, impactando na aprendizagem dos alunos. Hoje presidente do Center for Occupational Research and Development (Cord), organização não governamental nos Estados Unidos dedicada à educação, ele esteve recentemente no Brasil para participar do Sala Mundo Curitiba 2011, evento que reuniu especialistas em educação.
Abaixo, leia a entrevista que Hinckley concedeu ao Estado
 
Analisando a sua carreira, vemos que você tem muita experiência dentro das escolas. Qual é a coisa mais importante que você aprendeu com isso?
Aprendi que o professor deve facilitar o aprendizado e mostrar aos estudantes como eles podem aplicar novos conhecimentos e habilidades em diferentes situações. 
 
O que é um bom diretor na sua opinião? Que habilidades ele deve ter? Que diferença ele pode fazer na escola? 
 
Como diretor e superintendente, eu via o meu trabalho como "colocar o giz na borda". Por essa frase quero dizer certificar-se de que os professores têm todas as ferramentas necessárias para fazer seu trabalho sem se preocupar com a falta de suprimentos, mesas quebradas ou com um governo que não os apoia. Um bom diretor fornece as oportunidades de desenvolvimento profissional que os professores precisam para ganhar novas competências pedagógicas. O diretor precisa ver a si mesmo como um gerente e um facilitador para o professor, proporcionando o melhor currículo, o melhor ambiente de trabalho e a melhor estrutura possível para que os docentes possam também fazer o seu melhor. Num ambiente assim, um professor pode fazer a diferença com os alunos.

Bons professores fazem bons alunos? 
 
Bons professores conseguem proporcionar experiências de aprendizagem que podem ajudar os estudantes a atingir seus objetivos e, assim, se tornarem bons alunos. 
 
Como a escola pode motivar seus alunos? 
 
Podemos ajudar os alunos a aprender como motivarem a si mesmos, criando uma atmosfera positiva dentro da sala de aula e apresentando materiais escolares que são relevantes para suas próprias vidas e aspirações. Eles se sentem mais motivados quando veem uma razão de ser para a escola e uma razão para aprender sobre si mesmos e sobre o mundo que os cerca.

Na sua opinião, o que seria um bom sistema educacional?

A questão principal dessa pergunta é: "Quais são os resultados?". Se o sistema de ensino está proporcionando aos jovens uma melhor qualificação para conseguirem os melhores empregos e também modos evoluídos para que eles interajam uns com os outros e com o ambiente ao redor, estamos fazendo bem o nosso trabalho como educadores. Bons professores - docentes dedicado que contam com uma boa estrutura de trabalho - são um elemento chave nesse processo. Podem existir as mais diversas estruturas de ensino, mas os dois principais pontos devem sempre ser o respeito aos alunos e o apoio aos professores.

O Brasil teve a terceira maior evolução nas médias entre as 65 nações que participaram do último Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). Como você vê essa melhora?

O Pisa coloca os estudantes de uma nação para serem avaliados em comparação com os de outros países. Assim, prepara os alunos para que façam parte do mundo globalizado. Nós todos vivemos em uma economia global do conhecimento e, se o Brasil está preparando seus estudantes para viver e interagir melhor globalmente, isso é muito bom.

O Brasil está elaborando um novo Plano Nacional de Educação para os próximos dez anos. Está em discussão a reserva de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) para a área. Educadores defendem 10%. O que você acha desse debate?

O financiamento é importante, mas não deve ser a razão para o sucesso ou o fracasso do sistema. O que deve ser feito com 7% ou 10% e como esse valor será utilizado é o aspecto mais importante. 

Fonte: Estadão Online
 

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