Blog da Escola de Referência e Educação Jovens e Adultos Amaury de Medeiros

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17 de novembro de 2011

Música da Boa

Música da boa!


Antes dele se converter ao islamismo

14 de novembro de 2011

A dura vida dos ateus em um Brasil cada vez mais evangélico


O diálogo aconteceu entre uma jornalista e um taxista na última sexta-feira. Ela entrou no táxi do ponto do Shopping Villa Lobos, em São Paulo, por volta das 19h30. Como estava escuro demais para ler o jornal, como ela sempre faz, puxou conversa com o motorista de táxi, como ela nunca faz. Falaram do trânsito (inevitável em São Paulo) que, naquela sexta-feira chuvosa e às vésperas de um feriadão, contra todos os prognósticos, estava bom. Depois, outro taxista emparelhou o carro na Pedroso de Moraes para pedir um “Bom Ar” emprestado ao colega, porque tinha carregado um passageiro “com cheiro de jaula”. Continuaram, e ela comentou que trabalharia no feriado. Ele perguntou o que ela fazia. “Sou jornalista”, ela disse. E ele: “Eu quero muito melhorar o meu português. Estudei, mas escrevo tudo errado”. Ele era jovem, menos de 30 anos. “O melhor jeito de melhorar o português é lendo”, ela sugeriu. “Eu estou lendo mais agora, já li quatro livros neste ano. Para quem não lia nada...”, ele contou. “O importante é ler o que você gosta”, ela estimulou. “O que eu quero agora é ler a Bíblia”. Foi neste ponto que o diálogo conquistou o direito a seguir com travessões.

 - Você é evangélico? – ela perguntou.
 - Sou! – ele respondeu, animado.
 - De que igreja?
 - Tenho ido na Novidade de Vida. Mas já fui na Bola de Neve.
- Da Novidade de Vida eu nunca tinha ouvido falar, mas já li matérias sobre a Bola de Neve. É bacana a Novidade de Vida?
- Tou gostando muito. A Bola de Neve também é bem legal. De vez em quando eu vou lá.
- Legal.
- De que religião você é?
- Eu não tenho religião. Sou ateia.
- Deus me livre! Vai lá na Bola de Neve.
- Não, eu não sou religiosa. Sou ateia.
- Deus me livre!
- Engraçado isso. Eu respeito a sua escolha, mas você não respeita a minha.
- (riso nervoso).
- Eu sou uma pessoa decente, honesta, trato as pessoas com respeito, trabalho duro e tento fazer a minha parte para o mundo ser um lugar melhor. Por que eu seria pior por não ter uma fé?
- Por que as boas ações não salvam.
- Não?
- Só Jesus salva. Se você não aceitar Jesus, não será salva.
- Mas eu não quero ser salva.
- Deus me livre!
- Eu não acredito em salvação. Acredito em viver cada dia da melhor forma possível.
- Acho que você é espírita.
- Não, já disse a você. Sou ateia.
- É que Jesus não te pegou ainda. Mas ele vai pegar.
- Olha, sinceramente, acho difícil que Jesus vá me pegar. Mas sabe o que eu acho curioso? Que eu não queira tirar a sua fé, mas você queira tirar a minha não fé. Eu não acho que você seja pior do que eu por ser evangélico, mas você parece achar que é melhor do que eu porque é evangélico. Não era Jesus que pregava a tolerância?
- É, talvez seja melhor a gente mudar de assunto...

O taxista estava confuso. A passageira era ateia, mas parecia do bem. Era tranquila, doce e divertida. Mas ele fora doutrinado para acreditar que um ateu é uma espécie de Satanás. Como resolver esse impasse? (Talvez ele tenha lembrado, naquele momento, que o pastor avisara que o diabo assumia formas muito sedutoras para roubar a alma dos crentes. Mas, como não dá para ler pensamentos, só é possível afirmar que o taxista parecia viver um embate interno: ele não conseguia se convencer de que a mulher que agora falava sobre o cartão do banco que tinha perdido era a personificação do mal.)
Chegaram ao destino depois de mais algumas conversas corriqueiras. Ao se despedir, ela agradeceu a corrida e desejou a ele um bom fim de semana e uma boa noite. Ele retribuiu. E então, não conseguiu conter-se:

- Veja se aparece lá na igreja! – gritou, quando ela abria a porta.
- Veja se vira ateu! – ela retribuiu, bem humorada, antes de fechá-la.
Ainda deu tempo de ouvir uma risada nervosa. 

A parábola do taxista me faz pensar em como a vida dos ateus poderá ser dura num Brasil cada vez mais evangélico – ou cada vez mais neopentecostal, já que é esta a característica das igrejas evangélicas que mais crescem. O catolicismo – no mundo contemporâneo, bem sublinhado – mantém uma relação de tolerância com o ateísmo. Por várias razões. Entre elas, a de que é possível ser católico – e não praticante. O fato de você não frequentar a igreja nem pagar o dízimo não chama maior atenção no Brasil católico nem condena ninguém ao inferno. Outra razão importante é que o catolicismo está disseminado na cultura, entrelaçado a uma forma de ver o mundo que influencia inclusive os ateus. Ser ateu num país de maioria católica nunca ameaçou a convivência entre os vizinhos. Ou entre taxistas e passageiros.

Já com os evangélicos neopentecostais, caso das inúmeras igrejas que se multiplicam com nomes cada vez mais imaginativos pelas esquinas das grandes e das pequenas cidades, pelos sertões e pela floresta amazônica, o caso é diferente. E não faço aqui nenhum juízo de valor sobre a fé católica ou a dos neopentecostais. Cada um tem o direito de professar a fé que quiser – assim como a sua não fé. Meu interesse é tentar compreender como essa porção cada vez mais numerosa do país está mudando o modo de ver o mundo e o modo de se relacionar com a cultura. Está mudando a forma de ser brasileiro.

Por que os ateus são uma ameaça às novas denominações evangélicas? Porque as neopentecostais – e não falo aqui nenhuma novidade – são constituídas no modo capitalista. Regidas, portanto, pelas leis de mercado. Por isso, nessas novas igrejas, não há como ser um evangélico não praticante. É possível, como o taxista exemplifica muito bem, pular de uma para outra, como um consumidor diante de vitrines que tentam seduzi-lo a entrar na loja pelo brilho de suas ofertas. Essa dificuldade de “fidelizar um fiel”, ao gerir a igreja como um modelo de negócio, obriga as neopentecostais a uma disputa de mercado cada vez mais agressiva e também a buscar fatias ainda inexploradas. É preciso que os fiéis estejam dentro das igrejas – e elas estão sempre de portas abertas – para consumir um dos muitos produtos milagrosos ou para serem consumidos por doações em dinheiro ou em espécie. O templo é um shopping da fé, com as vantagens e as desvantagens que isso implica.

É também por essa razão que a Igreja Católica, que em períodos de sua longa história atraiu fiéis com ossos de santos e passes para o céu, vive hoje o dilema de ser ameaçada pela vulgaridade das relações capitalistas numa fé de mercado. Dilema que procura resolver de uma maneira bastante inteligente, ao manter a salvo a tradição que tem lhe garantido poder e influência há dois mil anos, mas ao mesmo tempo estimular sua versão de mercado, encarnada pelos carismáticos. Como uma espécie de vanguarda, que contém o avanço das tropas “inimigas” lá na frente sem comprometer a integridade do exército que se mantém mais atrás, padres pop star como Marcelo Rossi e movimentos como a Canção Nova têm sido estratégicos para reduzir a sangria de fiéis para as neopentecostais. Não fosse esse tipo de abordagem mais agressiva e possivelmente já existiria uma porção ainda maior de evangélicos no país.

Tudo indica que a parábola do taxista se tornará cada vez mais frequente nas ruas do Brasil – em novas e ferozes versões. Afinal, não há nada mais ameaçador para o mercado do que quem está fora do mercado por convicção. E quem está fora do mercado da fé? Os ateus. É possível convencer um católico, um espírita ou um umbandista a mudar de religião. Mas é bem mais difícil – quando não impossível – converter um ateu. Para quem não acredita na existência de Deus, qualquer produto religioso, seja ele material, como um travesseiro que cura doenças, ou subjetivo, como o conforto da vida eterna, não tem qualquer apelo. Seria como vender gelo para um esquimó.

Tenho muitos amigos ateus. E eles me contam que têm evitado se apresentar dessa maneira porque a reação é cada vez mais hostil. Por enquanto, a reação é como a do taxista: “Deus me livre!”. Mas percebem que o cerco se aperta e, a qualquer momento, temem que alguém possa empunhar um punhado de dentes de alho diante deles ou iniciar um exorcismo ali mesmo, no sinal fechado ou na padaria da esquina. Acuados, têm preferido declarar-se “agnósticos”. Com sorte, parte dos crentes pode ficar em dúvida e pensar que é alguma igreja nova.

Já conhecia a “Bola de Neve” (ou “Bola de Neve Church, para os íntimos”, como diz o seu site), mas nunca tinha ouvido falar da “Novidade de Vida”. Busquei o site da igreja na internet. Na página de abertura, me deparei com uma preleção intitulada: “O perigo da tolerância”. O texto fala sobre as famílias, afirma que Deus não é tolerante e incita os fiéis a não tolerar o que não venha de Deus. Tolerar “coisas erradas” é o mesmo que “criar demônios de estimação”. Entre as muitas frases exemplares, uma se destaca: “Hoje em dia, o mal da sociedade tem sido a Tolerância (em negrito e em maiúscula)”. Deus me livre!, um ateu talvez tenha vontade de dizer. Mas nem esse conforto lhe resta.

Ainda que o crescimento evangélico no Brasil venha sendo investigado tanto pela academia como pelo jornalismo, é pouco para a profundidade das mudanças que tem trazido à vida cotidiana do país. As transformações no modo de ser brasileiro talvez sejam maiores do que possa parecer à primeira vista. Talvez estejam alterando o “homem cordial” – não no sentido estrito conferido por Sérgio Buarque de Holanda, mas no sentido atribuído pelo senso comum.
Me arriscaria a dizer que a liberdade de credo – e, portanto, também de não credo – determinada pela Constituição está sendo solapada na prática do dia a dia. Não deixa de ser curioso que, no século XXI, ser ateu volte a ter um conteúdo revolucionário. Mas, depois que Sarah Sheeva, uma das filhas de Pepeu Gomes e Baby do Brasil, passou a pastorear mulheres virgens – ou com vontade de voltar a ser – em busca de príncipes encantados, na “Igreja Celular Internacional”, nada mais me surpreende.

Se Deus existe, que nos livre de sermos obrigados a acreditar nele. 

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/

(Eliane Brum escreve às segundas-feiras)
ELIANE BRUM Jornalista, escritora e
documentarista. Ganhou mais
de 40 prêmios nacionais e
internacionais de reportagem.
É autora de um romance -
Uma Duas (LeYa) - e de três
livros de reportagem: Coluna
Prestes – O Avesso da Lenda
(Artes e Ofícios), A Vida Que
Ninguém Vê (Arquipélago
Editorial, Prêmio Jabuti 2007)
e O Olho da Rua (Globo).
E codiretora de dois
documentários: Uma História
Severina e Gretchen Filme
Estrada.
elianebrum@uol.com.br
@brumelianebrum 

12 de novembro de 2011

Feira de Matemática

Essa foi a nossa Feira, que ocorreu em 11/11/11!

Parabéns às professoras Socorro e Ana Carla pela realização deste evento!

Parabéns aos alunos, que foram verdadeiros protagonistas nesta feira!

 



7 de novembro de 2011

144 anos de Marie Currie

Marie Curie, nome assumido após o casamento por Maria Skłodowska, (Varsóvia, 7 de Novembro de 1867 — Sallanches, 4 de Julho de 1934) foi uma cientista polonesa que exerceu a sua actividade profissional na França. Foi a primeira pessoa a ser laureada duas vezes[1] com um Prémio Nobel, de Física, em 1903 (dividido com seu marido, Pierre Curie, e Becquerel) pelas suas descobertas no campo da radioatividade (que naquela altura era ainda um fenómeno pouco conhecido) e com o Nobel de Química de 1911 pela descoberta dos elementos químicos rádio e polônio.

Fonte: Wikipedia

Pré-matrícula (para novatos) da rede estadual de ensino começa nesta terça

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O secretário de Educação, Anderson Gomes, detalhou, em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (7), as inscrições para novatos na rede estadual de ensino
Foto: Vanessa Silva/NE10 
 
 
Inicia-se nesta terça-feira (8) a pré-matrícula de alunos novatos candidatos a vagas na rede estadual de ensino de Pernambuco para o ano letivo de 2012. As inscrições podem ser efetuadas no site da Secretaria de Educação do Estado (www.educacao.pe.gov.br) até 29 de novembro. Os estudantes da rede já têm matrícula garantida e não precisam fazer reserva.




Durante esse período, somente os estudantes da capital pernambucana e da Região Metropolitana do Recife (RMR) - exceto os municípios de Itamaracá, Itapssuma, Araçoiaba, Ipojuca e Moreno - poderão fazer a reserva pela internet. No restante das escolas, incluindo o interior do Estado e as cidades citadas anteriormente, as inscrições terão início no dia 4 de dezembro e seguem até o dia 23. Quem não reservou a vaga pela internet deve utilizar o período para efetuar o cadastro via Central de Atendimento, que atende pelo telefone: 0800.286.0086.

Fonte:  NE10 ATUALIZADA ÀS 13H06

6 de novembro de 2011

5 de novembro de 2011

Senai abre inscrições para cursos técnicos



REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO:

4.1 Idade: De 16 (dezesseis) anos a 22 (vinte e dois) anos e zero mês no ato da matrícula.


4.2 Em virtude da modalidade de realização do Curso Técnico ser concomitante ao Ensino Médio estarão
habilitados à inscrição neste processo seletivo aqueles que estejam matriculados no 2º ou 3º anos do
Ensino Médio em 2012. Ficando a matrícula, na época prevista no calendário deste edital, Anexo II,
condicionada à apresentação, pelo candidato, do documento comprobatório de conclusão do Ensino
Fundamental e também a declaração de matrícula no 2º ou 3º anos do Ensino Médio em 2012. O candidato
que não apresentar esses documentos no ato da matrícula será eliminado do processo, não sendo a sua
participação considerada para efeito algum.
Não serão admitidos, em hipótese alguma, alunos que já tenham concluído em alguma ocasião o Ensino
Médio e que se matriculem novamente nesta modalidade de Ensino.


4.3 Em caso de equivalência de estudos no exterior, esta deverá ser expressamente reconhecida pelo
Conselho Estadual de Educação.
O candidato que não apresentar esse documento no ato da matrícula será eliminado do processo.


4.4 A permanência do aluno no curso técnico ficará condicionada à comprovação de frequência às aulas do
Ensino Médio.


4.5 A inscrição será realizada via internet no endereço eletrônico www.upenet.com.br das 8h00 do dia
03/11/2011 até às 23h59min do dia 27/11/2011.


4.6 O candidato poderá também efetuar a inscrição via internet na época prevista no calendário - Anexo II
deste edital, nos pontos de atendimento descritos no Anexo I – deste edital, no horário das 08h00 às
11h30 e das 14h00 às 17h00, no período de 14/11/2011 a 25/11/2011, nos dias úteis, onde estarão
disponibilizados equipamentos e agentes para fornecer as informações necessárias. Opcionalmente, o
candidato poderá adquirir cópia impressa deste Edital, mediante pagamento da taxa de serviço no valor de
R$ 3,50 (três reais e cinqüenta centavos), a ser recolhida na secretaria da escola.


4.7 O valor da taxa de inscrição está fixado em R$ 20,00 (vinte reais).


4.8 O candidato deverá efetuar pagamento da taxa de inscrição em qualquer Casa Lotérica conveniada à
Caixa Econômica Federal, após a emissão de documento próprio de arrecadação (boleto bancário)
disponível no endereço eletrônico www.upenet.com.br e nos pontos de atendimento.


4.9 O pagamento da inscrição por meio de documento de arrecadação (boleto bancário), emitido em
27/11/2011, último dia do período da inscrição, deverá ser efetuado, impreterivelmente, até o dia
28/11/2011, sob pena da inscrição não ser validada.


Clique aqui e acesse a página oficial de inscrição e o edital competo.

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