31 de maio de 2010
VIGOTSKY, VIDA E OBRA
29 de maio de 2010
A ARTE DO ALUNO - VOL.02 - OS DESENHOS DE TACI
Rosália Taciana é aluna do Travessia (Ensino Médio) no turno da manhã. Além de estudar e trabalhar, Taci (como é chamada pelos amigos) gosta de desenhar. Fissurada em Mangá e Anime, ela se diverte criando personagens e aprimorando o seu dom. Abaixo, uma pequena mostra do talento da nossa aluna.
26 de maio de 2010
ESTUDANTES DA REDE PÚBLICA DO RIO DE JANEIRO TERÃO AULAS DE HISTÓRIA DA MPB
Em parceria com o Instituto Ricardo Cravo Albin será levado para as salas de aula o projeto MPB nas Escolas, com a proposta de ensinar a origem da música popular, seus compositores e como eles influenciaram na formação da identidade cultural dos brasileiros.
De acordo com a secretária de Educação, Tereza Porto, o projeto surgiu de uma sugestão do vice-governador Luiz Fernando Pezão, que quando era prefeito de Piraí, no sul do Estado, implantou o ensino da música popular brasileira nas escolas do município.
"A proposta de ensinar a história da MPB nas unidades da rede estadual irá enriquecer a cultura musical dos nossos jovens, além de relacionar o que é dito nas letras com conteúdos de disciplinas como história, língua portuguesa e literatura", afirma a secretária.
As aulas se destinam aos alunos do ensino médio, mas não farão parte do currículo obrigatório. No primeiro momento, os estudantes vão receber aulas de história da MPB 16 unidades da rede que contam com o programa Ensino Médio Inovador, num total de 6.500 alunos.
Cada uma das unidades receberá um kit com seis DVDs, cartazes e livretos, material didático elaborado pelo Instituto Ricardo Cravo Albin. Caberá ainda à instituição criada pelo pesquisador e historiador da MPB Ricardo Cravo Albin orientar os professores para que o conteúdo da nova disciplina seja explorado da melhor maneira possível nas salas de aula.
Os estudantes terão a oportunidade de descobrir artistas de papel fundamental na MPB, dos mais diferentes gêneros. As aulas também vão resgatar as manifestações folclóricas, com suas músicas, coreografias e danças, destacando sua importância na preservação de valores e tradições.
13 de maio de 2010
DANIEL AZULAY E O DESENHO COLOQUIAL
Daniel Azulay, como desenhista, era autodidata, sua formação acadêmica foi em Direito. Antes de se popularizar na tevê, desenhando histórias ao vivo, trabalhou por trás das câmeras criando vinhetas. Ganhou popularidade com a famosa “Turma do Lambe-Lambe”, no programa “TV Criança”, em 1981, na TV Bandeirantes. Mesmo como atração de uma tevê comercial, Daniel conduzia o seu programa com espírito de tevê educativa. Esse era o seu grande diferencial. Bastava assistir a um programa para acreditar que desenhar era fácil. E era mesmo!
Daniel Azulay, na verdade, é um grande educador. Tanto na tevê quanto nas palestras que ministra pelo Brasil afora, ele consegue transmitir credibilidade. Para mim, a maior qualidade do educador é a credibilidade que ele tem perante os alunos. Desenhar com Daniel é fácil porque seu traço é coloquial, não tem a formalidade assustadora dos livros e cursos de desenho. Talvez seja por isso que até hoje sua imagem povoa o meu imaginário. “Algodão doce pra vocês!”
Turma do Lambe-lambe
4 de maio de 2010
INCLUSÃO SOCIAL E VIDA INDEPENDENTE: O PAPEL DA TECNOLOGIA
"Se para a maioria das pessoas a tecnologia torna a vida mais fácil, para as pessoas com deficiência a tecnologia torna as coisas possíveis." Mary P. Radabaugh.
O que significa ter “vida independente” em uma sociedade produtiva e caracterizada, dentre outros atributos, como a “Sociedade da Informação”?Uma das respostas possíveis a esta pergunta tão abrangente é: levar uma vida com autonomia significa poder fazer escolhas em todas as esferas da vida, desde a roupa que quer vestir, a comida que deseja comer até exercer seu papel na sociedade. Segundo a concepção atual – denominada “modelo social da deficiência”- a incapacidade não está nas pessoas, mas, sim, decorre dos obstáculos existentes nos ambientes físico e humano que as rodeiam. A sociedade pode “deficientizar” mais ou menos uma pessoa, ao promover condições de acessibilidade – ou não.
A vida independente é viabilizada pela prestação de serviços e pela tecnologia assistiva, que pode significar a diferença entre dependência e independência, tão bem sintetizada por Mary P. Radabaugh, na citação inicial.
A tecnologia, no sentido mais amplo do termo, também alcança as pessoas com deficiência, tornando sua vida possível, independente, digna e cidadã, objetivos pelos quais todos lutamos.
Informação
Para que a tão sonhada vida independente seja realidade, um pré-requisito básico é ter acesso à informação, que pode ser definida como o conhecimento que dá forma a uma ação. Portanto, deve ser atualizada, completa e vir de fonte confiável.
Mas, apenas dispor de informações não basta: é preciso que elas circulem, gerando atitudes, estimulando tomadas de decisões e agregando outras informações. É o caráter dinâmico que a caracteriza.
As informações circulam nos mais variados suportes, que cada vez mais se entrelaçam: jornais, rádios, televisão, Internet, redes sociais, celular e outros, quase que “exigindo” de nós uma atualização constante, um constante aprender de novos termos, botões e teclas. “Interatividade” e “conectividade” são palavras “da hora”.
É preciso, portanto, saber produzir, armazenar e onde buscar o conhecimento, que cresce e se modifica a cada instante. Somos “bombardeados” por dados, informações e notícias, incessantemente. Como separar e identificar o que é necessário para nosso consumo? Como administrar de forma eficiente o conhecimento? Este bombardeio informacional exige o aprendizado de outro tipo de leitura, mais seletivo e exigente.
Aprender a administrar esta avalanche de conhecimentos não é uma tarefa fácil, como sabemos. Mas não é impossível.
Conhecimento: como gerenciá-lo?
Uma das chaves consiste em compartilhar, em criar mecanismos para divulgação e para estimular a troca. Aqui entra a Internet, que viabiliza canais de comunicação livres, fluidos e rápidos e sinaliza o fim de uma época, na qual o saber ocupava uma função privilegiada e restrita.
A segunda chave consiste em saber qual é o conhecimento a ser compartilhado. Acreditamos que deva ser priorizado aquele que atende às necessidades do usuário e que o auxilie a entender o mundo que o cerca, a sua realidade específica.
Aprender é algo que extrapola os limites espaciais da sala de aula e os limites temporais da formação educacional; torna-se atividade constante e, acima de tudo, prazerosa e instigante. Não mais fazemos isso em volta de uma fogueira, como antigamente, mas à frente da “telinha”, sozinhos ou em reuniões virtuais ou presenciais, com o suporte da Internet, cada vez mais interativa. Esse processo pressupõe uma profunda mudança nos nossos valores e atitudes.
Internet e TIC
A partir de meados da década de 90 a expansão das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)1 acontece, acompanhando a popularização da Internet, que extrapola o ambiente acadêmico e se torna um local de circulação ágil de informação e de encontros virtuais.
Porém, a Internet inaugura, também, o conceito de "infoexclusão" ou de exclusão digital, que designa os que, por não terem acesso ao mundo virtual, se tornam "infoexcluídos", com graves repercussões em suas oportunidades de educação, de profissionalização, de cultura e de lazer. A exclusão pode se dar por limitações socioeconômicas, culturais, de faixa etária ou pela condição da deficiência.
Há muitas iniciativas que visam reduzir ou eliminar essas limitações, como desenvolvimento de aplicativos, de softwares e construção de sites seguindo os padrões de acessibilidade digital.
Universalizar acesso pressupõe democratização: é necessário possibilitar que os usuários atuem como Provedores Ativos dos conteúdos que circulam, com responsabilidade e senso de cidadania.
A produção da informação, seu transporte e o acesso a ela são aspectos que precisam ser considerados no desenvolvimento das TIC. A ausência de padrões de acessibilidade em um destes aspectos torna qualquer usuário, tenha ou não deficiência, incapacitado a produzir, divulgar ou absorver informação – condição fundamental para viver dignamente e compreender a sociedade atual, em que a informação constitui um Direito Humano.
É fundamental que a pessoa com deficiência, para exercer plenamente sua cidadania e estar inserida no mundo atual, aprenda a manejar as ferramentas computacionais adequadas à sua condição e possa navegar pela Internet, em ambiente amigável, sem se deparar com obstáculos no mundo virtual. Além disso, ela precisa saber identificar e selecionar as informações que lhe são necessárias em cada situação, assim como qualquer usuário. O cidadão é aquele que sabe optar. E pode fazê-lo porque tem acesso a conhecimentos.
Os direitos à Acessibilidade, à Informação, à Educação e outros estão garantidos pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que insere a Deficiência no patamar dos Direitos Humanos2. O Brasil ratificou esse documento com equivalência de emenda constitucional (Decreto legislativo 186/2008), o que significa um enorme avanço no sentido do pleno exercício da cidadania.
1TIC: Todas as tecnologias utilizadas na captação, transformação e disseminação de dados, informações e conhecimentos, voltados para a tomadas de decisões pelos dirigentes de organizações públicas e/ou privadas. O termo é bastante amplo. Um livro pode ser uma tecnologia de armazenagem e transporte de informações. Obviamente, nosso foco aqui são as tecnologias dependentes de redes de dispositivos micro processados .
Sobre a autora
Fonte: Planeta Educação