Blog da Escola de Referência e Educação Jovens e Adultos Amaury de Medeiros

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23 de setembro de 2010

A INCLUSÃO DO DISLÉXICO NA ESCOLA

Por:Marina S. Rodrigues Almeida - É na escola que a dislexia, de fato, aparece. Há disléxicos que revelam suas dificuldades em outros ambientes e situações, mas nenhum deles se compara à escola, local onde a leitura e a escrita são permanentemente utilizadas e, sobretudo, valorizadas.

Sempre houve disléxicos nas escolas. Entretanto, a escola que conhecemos certamente não foi feita para o disléxico. Objetivos, conteúdos, metodologias, organização, funcionamento e avaliação nada têm a ver com ele. Não é por acaso que muitos portadores de dislexia não sobrevivem à escola e são por ela preteridos. E os que conseguem resistir a ela e diplomar-se fazem-no, astuciosa e corajosamente, por meio de artifícios, que lhes permitem driblar o tempo, os modelos, as exigências burocráticas, as cobranças dos professores, as humilhações sofridas e, principalmente, as notas.

Mudanças na Forma de Avaliar a Criança Disléxica

Propomos as seguintes possibilidades:

1. Provas escritas, de caráter operatório, contendo questões objetivas e/ou dissertativas, realizadas individualmente e/ou em grupo, sem ou com consulta a qualquer fonte.

2. Provas orais, através de discurso ou arguições, realizadas individualmente ou em grupo, sem ou com consulta a qualquer fonte.

3. Atividades práticas, tais como trabalhos variados, produzidos e apresentados através de diferentes expressões e linguagens, envolvendo estudo, pesquisa, criatividade e experiências práticas, realizados individualmente ou em grupo, intra ou extraclasse.

4. Observação de comportamentos, tendo por base os valores e as atitudes identificados nos objetivos da escola (solidariedade, participação, responsabilidade, disciplina e ética).

A experiência tem demonstrado a necessidade de se manter a comunidade educativa permanentemente informada a respeito da dislexia. Informações sobre eventos que tratam do assunto e seus resultados, desempenho dos alunos portadores de dislexia, características da síndrome, maneiras de ajudar o aluno disléxico na escola etc. Ações de informações podem facilmente ser veiculadas em reuniões da escola, com pais e por meio de cartazes, informativos internos, folders sobre o assunto etc.

Não é necessário que alunos disléxicos fiquem em classe especial. Alunos disléxicos têm muito a oferecer para os colegas e muito a receber deles. Essa troca de humores e de saberes, além de afetos, competências e habilidades só faz crescer a amizade, a cooperação e a solidariedade.

O diagnóstico de dislexia traz quase sempre indicação para acompanhamento específico em uma ou mais áreas profissionais (fonoaudiologia, psicologia, psicopedagogia, dentre outros especialistas), de acordo com o tipo e nível de dislexia constatados. Assim sendo, a escola procura assegurar, desde logo, os canais de comunicação com o(s) profissional(is) envolvido(s), tendo em vista a troca de experiências e de informações.

Marina S. Rodrigues Almeida Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga. Consultório de Psicologia: Rua Jacob Emmerich, 365 - conj. 16 - Centro - S. Vicente-SP. Instituto Inclusão Brasil - São Vicente -SP. http://inclusaobrasil.blogspot.com/ inclusao.brasil@iron.com.br (13) 34695176.

Para saber mais, acesse o link do Inclusão Brasil: http://inclusaobrasil.blogspot.com/2008/08/incluso-da-criana-dislxica-na-escola.html

Fonte: Planeta Educação

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