Blog da Escola de Referência e Educação Jovens e Adultos Amaury de Medeiros

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5 de dezembro de 2011

Confirmado planeta extrassolar mais parecido com a Terra


Diagrama da Nasa mostra a órbita do Kepler-22b na zona habitável de sua estrela e a comparação com as órbitas e tamanhos dos planetas internos do Sistema Solar Foto: Nasa

Diagrama da Nasa mostra a órbita do Kepler-22b na zona habitável de sua estrela e a comparação com as órbitas e tamanhos dos planetas internos do Sistema Solar Nasa
RIO – A busca pela “Terra 2” está ficando cada vez mais próxima do fim. A Nasa anunciou nesta segunda-feira que o observatório espacial Kepler teve confirmado o primeiro planeta extrassolar detectado na chamada “zona habitável” de uma estrela parecida com o Sol. Em fevereiro, os cientistas do Kepler informaram que o equipamento, lançado em 2009, já tinha captado sinais de mais de mil objetos candidatos a planeta, que devem ser confirmados por observações independentes subsequentes para terem sua existência aceita.

O novo planeta, batizado Kepler-22b, é o menor já encontrado bem no meio da zona habitável de uma estrela como o Sol. A zona habitável é a região da órbita da estrela onde um planeta não está nem longe demais nem perto demais de forma que sua temperatura permita a existência de água líquida na sua superfície, condição considerada essencial para o desenvolvimento da vida. As observações indicam que o Kepler-22b tem cerca de 2,4 vezes o raio da Terra, mas os astrônomos ainda não sabem se ele é predominantemente rochoso, como o nosso planeta, líquido ou gasoso.

- Este é um importante marco no caminho para encontrar um planeta gêmeo da Terra – diz Douglas Hudgins, cientista da missão Kepler na sede na Nasa em Washington. - Os resultados do Kepler continuam a mostrar a importância das missões científicas da Nasa, que visam responder algumas das maiores questões sobre nosso lugar no Universo.


O Kepler encontra os candidatos a planeta medindo as ínfimas reduções que eles causam no brilho de suas estrelas em seus trânsitos, isto é, quando passam entre elas e a Terra. Isso gera uma série de dificuldades. A primeira é que, para que isso aconteça, é preciso que o plano da órbita dos planetas esteja alinhado com o do observatório. E a medição da variação do brilho da estrela tem que ter alta precisão. Para se ter ideia do quanto isso é difícil, os trânsitos da Terra provocariam redução de menos de 0,001% no brilho do Sol para um observador de fora do Sistema Solar. Por último, são necessários pelo menos três trânsitos para que os dados sejam suficientes para que a presença do planeta possa ser inferida.

- A sorte sorriu para nós na detecção deste planeta – diz William Borucki, principal cientista da missão Kepler no Centro de Pesquisas Ames da Nasa e líder da equipe que descobriu o Kepler-22b. - O primeiro trânsito foi captado apenas três dias depois que declaramos o observatório operacional e testemunhamos o terceiro e definidor trânsito nas festas de 2010.

O Kepler-22b está localizado a 600 anos-luz da Terra. Apesar de ser um pouco maior que nosso planeta, sua órbita de 290 dias em torno da sua estrela é muito parecida com a do nosso mundo. Além disso, a estrela do sistema onde ele está é da mesma classe que o Sol, conhecida como tipo G, embora um pouco menor e mais fria. Dos 54 candidatos a planeta na zona habitável de suas estrelas anunciados em fevereiro, ele é o primeiro a ser confirmado.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/ciencia/confirmado-planeta-extrassolar-mais-parecido-com-terra-3386059#ixzz1fiDjluaw
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Fonte: O Globo Online

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