Blog da Escola de Referência e Educação Jovens e Adultos Amaury de Medeiros

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29 de fevereiro de 2012

Depoimento cheio de lirismo do ex- aluno Charles Carvalho

Charles ao lado do filho
Saudades!

Que saudades da Escola de 1º e 2º Grau Amaury de Medeiros. Isso á ilustríssima professora Palmira nos fazia escrever todo santo dia, e do grande professor David que nos deixou cedo demais. Saudades do tempo que não havia grades nas janelas e que podíamos ficar na sacada do piso superior do Amaury e descer do mastro da bandeira. Saudades também de colocar um boné e uma camiseta no busto que fica no pátio e tirar fotos. Do tempo que tinha uma pista de saltos de areia que não era muito limpa, mais todos se jogavam pelo menos uma vez na areia. Do tempo que a quadra de esportes não era bem uma quadra e sim, uma área de lazer onde jogávamos futebol e queimado era muito bom. Saudades na hora da merenda, da boa macarronada com almondegas e sopas. Que SAUDADES. Não faz muito tempo tudo isso, mais, cada hora que passa me faz sentir mais SAUDADES.

Nota: Esse depoimento foi publicado na linha do tempo do meu Face, pelo próprio Charles,. Tomei a liberdade de registrá-lo aqui no blog da nossa escola. Emocionante!
Ed Cavalcante

27 de fevereiro de 2012

Acima da Lei?



A coordenação do programa educação integral está orientando equivocadamente a direção das escolas no que se refere à distribuição das aulas dos professores regentes.

A lei complementar n. 125 de 10 de julho de 2008, criou o programa de educação integral e nos artigos 1º e 2º vincula o programa a secretaria estadual de educação, tendo como uma das finalidades executar a política estadual de ensino médio, em consonância com as diretrizes das políticas educacionais fixadas pela Secretaria de Educação. No parágrafo segundo do artigo 5º define a carga semanal de trabalho dos professores em 40 horas nas escolas de tempo integral nos cinco dias da semana e 32 horas nas escolas semi-integral nos cinco dias da semana.

É importante esclarecer que este parágrafo do artigo 5º da LC n. 125/08, não trata da hora aula, nem alterou a Lei Estadual n. 11.329/96 (Estatuto do Magistério), que no artigo 14 fixa em hora aula o regime de trabalho do professor, independente da função que exerça e do nível de ensino em que atue. O artigo 16 da lei do estatuto do magistério define a composição da carga horária do professor regente em horas aulas em regência de classe e horas aulas atividade, sendo 30% da carga horária total do Professor destinada às horas aulas atividade (Este parágrafo do artigo 16 precisa ser atualizado para atender os 33% de horas aulas atividades indicados na Lei Federal n. 11.738/2008). Sendo assim, por enquanto, para quem trabalha 40 horas aulas por semana, 28 devem ser em sala de aula e 12 horas aulas atividade; para quem trabalha 30 horas aulas por semana, 21 em sala de aula e 09 horas aulas atividade, para cumprir as tarefas indicadas no parágrafo 4º do artigo 16 da Lei n. 11.329/96.

Percebam que a gratificação de localização especial (para quem estar lotado nas escolas de referência e escolas técnicas) prevista no artigo 3º, inciso I, alíneas “a” e “b” da Lei Estadual n. 12.965 de 26 de dezembro de 2005, refere-se ao regime de trabalho de horas por semana. Não fazendo referência as horas aulas em regência de classe.

Como, de acordo com a LC n. 125/08, as escolas de referência estão submetidas às regras estabelecidas pela secretaria estadual de educação, a portaria n. 8290 do Secretário de Educação, no parágrafo 3º do artigo 1º trata do cálculo de distribuição de horas aulas, indicando que “não poderá exceder 12 turmas e 24 h/a por professor com jornada semanal de 40 horas aulas”. A letra “c” deste parágrafo diz que para os “professores com disciplinas cuja matriz curricular determina 1 h/a aplica-se apenas o cálculo de 24 h/a, excluindo o limite de 12 turmas, desde que atuando em uma única escola”. Na letra “e” diz que “para as Escolas de Referência em Ensino Médio e as Escolas Técnicas Estaduais permanece o estabelecido na Lei Complementar n. 125/08”. Já expliquei acima que ela não faz referência às horas aulas, nem revoga parte do artigo 16 da Lei n. 11.329/96. A Portaria ainda indica que às quatro horas aulas atividades a mais é para atender o disposto na letra “e”, do parágrafo 4º, artigo 16 da Lei do Estatuto do Magistério.

Portanto, companheiros e companheiras lotados nas escolas de referência e escolas técnicas como dirigentes, coordenadores e regentes não podemos aceitar a imposição da coordenação do programa, temos que ponderar nas reuniões dos diretores e as coordenações das escolas, solicitar por escrito às orientações que fogem das regras legislativas e diretrizes da secretaria de educação. Reagir e garantir os nossos direitos para que possamos ter tranqüilidade para desempenhar bem as nossas funções nas escolas.


Heleno Araújo
Presidente do SINTEPE
Secretário de Assuntos Educacionais da CNTE

13 de fevereiro de 2012

Prevupe - inscrições em 15/02

Mais uma oportunidade para os estudantes se prepararem para o vestibular. O curso pré-vestibular da Universidade de Pernambuco (UPE), o Prevupe, inicia, no próximo dia 15 deste mês, o período de inscrições para aulas preparatórias gratuitas. Podem concorrer ex-alunos e estudantes que estão cursando o terceiro ano do ensino médio da rede pública de ensino. Os candidatos devem se inscrever através do site www.upenet.com.br, até o dia 18 de março. A taxa custa R$ 20,00.

Ao todo, o projeto disponibiliza 6.300 vagas, distribuídas em 25 cidades do Estado de Pernambuco. “Este ano houve um acréscimo de mais sete municípios”, informou o coordenador geral do Prevupe, o professor Carlos Roberto da Silva. Ele lembrou ainda que as solicitações de isenção da taxa de inscrição devem ser feitas até o dia 29 deste mês de fevereiro, no mesmo endereço eletrônico. A lista dos contemplados com a isenção será publicada no dia 09 de março.

A prova de seleção será realizada no dia 15 de abril, no horário das 8h15 às 12h15, com 40 questões de múltipla escolha, das disciplinas que constam nos vestibulares das universidades públicas, exceto língua estrangeira, com conteúdos do ensino médio. O resultado será divulgado até o dia 24 de abril. As aulas começam no dia 05 de maio e serão ministradas por alunos das faculdades de formação de professores da UPE, supervisionados pela equipe da Universidade responsável pela coordenação do curso,em escolas cedidas pela Secretaria Estadual de Educação, aos sábados, das 8h às 17h, e domingos, das 8h às 12h.

O projeto conta com o patrocínio do Governo do Estado, através da Secretaria de Educação, em parceria com a UPE, a Secretaria de Ciência e Tecnologia e Autarquias Públicas. Mais informações através do telefone: (81) 3183-3763.

CLASSIFICAÇÃO 
No ano de 2011 o Prevupe classificou 365 feras na UPE, 333 na UFPE, 87 na UFRPE, 53 alunos no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Ifet) e 548 nas Autarquias Públicas, além de três estudantes na Universidade Federal de Campina Grande, totalizando a conquista de 1.379 vagas em diferentes cursos de graduação.

Fonte: Seduc PE

Por Tia Jana

12 de fevereiro de 2012

Sugata Mitra: "Um professor pode ser substituído por uma máquina"


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Sugata Mitra (Foto: Divulgação)

Um dos maiores especialistas do mundo em tecnologias educacionais fala ao público da Campus Party 2012, em São Paulo, sobre sua experiência com crianças que aprendem sobre o mundo apenas em computadores, e ensinam umas às outras

RAFAEL PEREIRA
Sugata Mitra, indiano radicado na Inglaterra, veio à Campus Party 2012, no Anhembi Parque, em São Paulo, para falar de um assunto tomado como "chato" por um público de jovens nerds e seus potentes computadores: Educação. O senhor gordinho, de bigode grisalho e algum bom humor acabou lotando as cadeiras de plástico do palco principal da feira para falar de uma experiência cativante com crianças indianas e computadores, e causou impacto ao afirmar que "professores podem ser substituídos por uma máquina". "E o que pode ser substituído por uma máquina deve ser substituído", disse, arrancando aplausos do público. A palestra ocorreu no início da noite desta terça-feira, dia 7. 
Mitra é pesquisador e professor de Tecnologia Educacional da Newcastle University, na Inglaterra, e professor visitante do Massachusetts Institute of Technology, o prestigiado MIT, no Estados Unidos. Sua principal pesquisa foi o mote da palestra, intitulada "O buraco na parede... e além". O título se refere à experiência de colocar um computador preso dentro de uma parede, com acesso à internet, em um povoado pobre da Índia, sua terra natal. 
"Entre 1999 e 2001, na Índia, havia muitas crianças sem acesso a computadores, e quase nenhum professor para ensinar informática", disse Mitra. Ele resolveu testar a reação das crianças ao aparelho sem a ajuda de professores, simplesmente colocando um no meio de uma favela indiana. Não havia ninguém para ajudar no uso, mas a máquina tinha monitoramento remoto. Estava equipada com teclado, mouse e o mecanismo de busca na web popular na época, o Altavista.
Crianças que não sabiam inglês estavam surfando na web, ensinando umas às outras"
SUGATA MITRA
O resultado dos dados de navegação foi surpreendente. "Crianças que não sabiam inglês estavam surfando na web, ensinando umas às outras", disse o professor. Ao repetir a mesma experiência em uma comunidade ainda mais isolada, o resultado de dois meses foi uma demanda técnica das crianças. "Eles disseram que precisavam de um processador mais rápido e um mouse melhor", afirma Sugata Mitra. 
Com os resultados impressionantes nas mãos, a equipe de Mitra conseguiu verba do Banco Mundial para prosseguir com a pesquisa, que foi replicada em outras cidades da Índia e da África do Sul. Além de dados, os computadores da nova fase também enviavam fotografias de quem estava usando a máquina e imagens da tela navegada, de dois em dois minutos. Para garantir que apenas crianças navegassem, o teclado e o mouse ficavam em uma caixa de madeira, com um buraco para caber apenas mãos bem pequeninas. 
Até 2004, segundo Mitra, 1 milhão de crianças aprenderam sozinhas a usar o computador, em grupo, ensinando umas às outras. E aprenderam o básico de inglês, para poder se comunicar com o mundo. "Em apenas 9 meses, as crianças chegavam no nível de secretárias que trabalham com o computador", disse. 
A partir de 2004, a pesquisa seguiu rumos ambiciosos. A demanda por pessoas que falam língua inglesa nos empregos indianos - principalmente em call centers - era, e é, grande na Índia. A ideia de Mitra foi introduzir no computador de uma turma específica um programa que transforma em texto as palavras ditas em inglês. "No começo, elas falavam e o computador não entendia. Disse que elas teriam que fazer com que o computador entendesse", afirmou. "Voltei 2 meses depois e cumprimentei uma criança: 'How are you?' ('Como está você?'). Ela respondeu 'Fantastic' ('Fantástico')", disse. Segundo Mitra, os estudantes tinham baixado uma versão online do Dicionário Oxford. Assim, buscavam a palavra, ouviam a pronúncia e repetiam para o programa instalado pelo pesquisador, que reproduzia a mesma palavra na tela. Era só conferir. "Um professor faria isso. Mas o professor (ele mesmo) foi embora, e só voltou dois meses depois". 
Outra evolução da pesquisa foi um teste arriscado, e o resultado, segundo Mitra, era analisar o fracasso. O 'problema' é que não houve fracasso. A proposta: Será que crianças na pré-adolescência entenderiam um texto que explica a biotecnologia na reprodução do DNA? No primeiro teste sobre o assunto, todos tiraram zero, como era de se esperar. Dois meses depois, a mesma coisa. O interessante é que ninguém, segundo Mitra, deixava de se interessar em tentar. Mais dois meses se passaram e o nível de acerto em um novo teste foi de 30%. Sugata Mitra queria 50%, o mesmo nível obtido por crianças das melhores escolas particulares de Nova Deli, capital da Índia. 
A estratégia para alcançar esse objetivo foi simples: Escolher uma aluna simplesmente para incentivar as crianças, dizendo coisas como "Fantástico! Na minha idade eu faria muito menos", mesmo que o resultado do 'aluno' em questão não fosse satisfatório. No terceiro teste, as crianças acertaram metade das questões, afirma Mitra. 
Atualmente, as pesquisas com crianças e computadores são aplicadas por Mitra em vários países, inclusive no Brasil. Na manhã antes da palestra, no dia 7 de fevereiro, o pesquisador visitou a Casa do Zezinho, um projeto social de educação para crianças de favelas da Zona Sul de São Paulo. A nova configuração do experimento é apresentar grandes questões às crianças e esperar pelo resultado das buscas em grupo. 
A questão apresentada às crianças de São Paulo foi "Por que nós sonhamos?". Com apenas um dia de pesquisas, a resposta foi simples, mas surpreendente: "Sonhos são causados pela mente, e Sigmund Freud desvendou seus significados. Mas estudos recentes contestam as conclusões dele", disse Mitra, reproduzindo a resposta dos alunos.
O emprego dos professores não seria ameaçado. Seria diferente."
SUGATA MITRA
Na polêmica teoria de Sugata Mitra, "o futuro da educação está na auto-educação", e o papel do professor do futuro seria o de apresentar questões que instigam a curiosidade das crianças, principalmente crianças com menos de 13 anos, mais abertas ao conhecimento e menos ligadas a questões como classes sociais. "A reação de crianças abaixo dos treze anos é exatamente igual em qualquer lugar do mundo", afirma o pesquisador. "O emprego dos professores não seria ameaçado. Seria diferente", afirmou.
Como exemplo do sucesso de formular questões interessantes às crianças, ele usou uma pergunta feita para um grupo da Itália: "Como um iPad (tablet da Apple) sabe onde ele está?". O resultado da pesquisa dos alunos foi simples: três satélites localizam o iPad, e assim é possível identificar seu lugar no espaço. Segundo Mitra, ensinar as bases da trigonometria, que explicam de outra forma a questão do iPad, não instiga a curiosidade infantil. "Estudar os ângulos de um triângulo dá sono", diz. 
Como um modelo de ensino tão polêmico teria lugar nas escolas? Segundo Mitra, a mudança precisa vir de baixo para cima. "Basta procurar as empresas de tecnologia e investir na banda larga nas escolas, e tudo vai acontecer naturalmente", diz Mitra, que já procurou o governo da Inglaterra para testar seu modelo, sempre sem sucesso. 
Fonte: Revista Época Online

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