Blog da Escola de Referência e Educação Jovens e Adultos Amaury de Medeiros

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26 de fevereiro de 2009

DEZ DITADORES QUE MARCARAM A HISTÓRIA

Este regime de governo é chamado ditadura e pode ter um líder único (como os regimes provenientes do nazismo e do fascismo) ou coletivo (como os vários regimes militares que ocorreram na América Latina).

A ditadura surgiu na Roma antiga e era instaurada em tempos de crise ou em casos de emergência onde um indivíduo era escolhido pelos cônsules a pedido do Senado para governar durante seis meses, o que não se caracteriza na ditatura moderna.

Conheça abaixo dez governantes que ficaram conhecidos como grandes ditadores:

Adolf Hitler (Alemanha)

Nasceu na Áustria em 1889 e mudou-se para a Alemanha em 1913. Alistou-se no exército da Bavária e lutou durante a Primeira Guerra Mundial, ganhando duas medalhas por bravura. Com o fim do conflito, associou-se ao Partido dos Trabalhadores Alemães, que mais tarde se transformaria no Partido Nacional-Socialista Alemão, também conhecido como Nazi. Torno-se líder do partido em 1921 e foi indicado a chefe do governo da Alemanha em 1933 pelo então presidente Hindenburg.

Transformou-se em ditador logo em seguida, com a eliminação de rivais e opositores, expandindo seus domínios com a anexação da Áustria em 1938 e a tomando a antiga Tchecoslováquia. Deflagrou a Segunda Guerra Mundial ao invadir a Polônia em 1939.

Foi o responsável por um dos piores episódios da história da humanidade, conhecido como holocausto, já que ordenou o extermínio de mais de 6 milhões de judeus, perseguindo também ciganos, deficientes físicos e mentais, homossexuais e outras minorias. Suicidou-se em 1945 enquanto os exécito soviético entrava em Berlim.

Sadam Hussein (Iraque)

Nasceu em 1937 em Tkikrit, norte do Iraque, em uma família de camponeses. Mudou-se para Bagdá na adolescência e, aos 20 anos aderiu ao Partido Socialista Árabe Baath. Após um golpe de estado, assumiu a presidência do Iraque como ditador em 1979. Temendo a influência da revolução dos xiitas promovidas pelo aiatolá Khomeini no Irã, entrou em guerra contra este país em 1980, com batalhas que se estenderam até 1988 e deixaram cerca de 1 milhão de mortos.

Em 1990, invadiu o vizinho Kuwait por divergências sobre o preço do petróleo. A intenção de anexar o território ao seu país foi frustrada pela aliança formada por EUA, Inglaterra e França, entre outros, com a ofensiva que ficou conhecida como Tempestade no Deserto. Terminada a guerra, Saddan teve que enfrentar as revoltas de xiitas e curdos no Iraque, que sempre foram oprimidas com violência.

Mesmo com a dura situação econômica do pós-guerra, o ditador obteve êxito em 1995 com o apoio de 99,96% da população num plebiscito, o primeiro da história do país, sobre sua continuidade no poder. Em 2003, George W. Bush moveu contra Saddam uma guerra para tirá-lo do poder, acusando-o de cúmplice no terrorismo. Com a invasão de tropas americanas e britânicas ao Iraque, o ditador desapareceu, sendo encontrado mais tarde escondido num buraco subterrâneo em uma fazenda.

Em novembro de 2006 Tribunal Especial iraquiano considerou o ditador culpado pelo massacre, em 1982, de 148 xiitas no povoado de Dujail (sul do Iraque) e o condenou à morte, sendo enforcado em 30 de dezembro de 2006.

Mao Tsé-Tung (China)

Nasceu em Shaoshan em 1893 em uma família de camponeses, desde jovem ligou-se aos movimentos estudantis revolucionários. Foi um dos fundadores do Partido Comunista Chinês em 1921. Em outubro de 1949 fundou a República Popular da China, tornou-se seu presidente, assim como secretário-geral do PC.

Implantou então um regime de terror, com o assassinato de “contra-revolucionários”, proprietários rurais e inimigos políticos, sendo responsabilizado pela execução de vários ex-companheiros, militantes comunistas expurgados sob as mais variadas justificativas.

Entre 1957 e 1958, lançou um programa de reforma agrária e coletivização da agricultura que desorganizou a economia do país e provocou a maior onda de fome já registrada na história. Depois disso, Mao lançou em meados da década de 1960 a Revolução Cultural, esforço justificado como uma tentativa de mudar a mentalidade da população chinesa e prepará-la para o socialismo. A campanha levou a prisões em massa, fechamento de escolas e perseguições que provavelmente causaram a morte de mais de 1 milhão e meio de pessoas. O líder comunista morreu em 1976, em Pequim.

Augusto Pinochet (Chile)

Nascido em 1915 em Valparaíso, ingressou na carreira militar aos 17 anos sendo nomeado general-chefe em 1972. Em 1973 tornou-se comandante-em-chefe do exército e chefiou a tropa responsável pelo golpe militar ordenando um bombardeio ao Palácio de La Moneda na expectativa de destruí-lo e matar todos os ministros, depondo assim o presidente Salvador Allende, que se suicidou.

Pinochet assumiu o poder, dissolveu o Congresso, proscreveu os partidos políticos e restringiu os direitos civis. Durante sua ditadura, Pinochet reprimiu a antiga coalizão Unidade Popular perseguindo, e muita vezes torturando e assassinando, seus membros e aliados.

Seu governo foi marcado pela violência e repressão política, sendo responsável pela morte de cerca de 3 mil opositores do regime e tortura de quase 30 mil. Promoveu reformas, cujo sucesso inicial levou a se falar num "milagre econômico", mas a economia desandou e gerou pobreza e desemprego. Em 1985, um novo plano conseguiu reverter o quadro e duplicar o PIP do país, deixando-o em destaque em relação ao restante da América do Sul.

Em 1988, o ditador foi derrotado em um plebiscito sobre a continuidade de seu poder. Após eleições, o general entregou a presidência do país ao democrata cristão Patricio Aylwin em março de 1990, continuando no comando do exército até 1998, quando assumiu o cargo de senador, ao qual renunciou por problemas de saúde.

Continuou enfrentando acusações de abusos aos direitos humanos e fraudes cometidos durante os anos em que esteve no poder, Em julho de 2001, apresentou um atestado de debilidade mental que o salvou de uma possível condenação. Também foi acusado de manter contas milionárias no exterior lucrando com o tráfico de drogas. Morreu no dia 10 de dezembro de 2006 após um ataque cardíaco.

Benito Mussolini (Itália)

Nasceu em 1883 em Dovia di Predappio, na Itália, e ganhou esse nome de seu pai, em homenagem ao revolucionário mexicano Benito Juarez. Aos 17 anos, filiou-se ao Partido Socialista e fugiu para a Suíça no início dos anos 1900 para escapar do serviço militar obrigatório. Ao voltar poucos anos depois, serviu o exército e passou a escrever no jornal "L'Avanti". Com o início da Primeira Guerra Mundial, defendeu por um tempo a posição contrária à intervenção no conflito, mas acabou mudando de ideia e, por considerar a guerra uma oportunidade para incitar as massas à revolução, acabou expulso do PC.

Em 1919, fundou os Fasci Italiani di Combatimento, organização que originaria, mais tarde, o Partido Fascista. Em 1922, promoveu a "marcha sobre Roma", que levou Mussolini ao poder, sendo nomeado primeiro-ministro pelo rei Vitório Emanuel. Em 1925, estabeleceu o regime ditatorial.

Em 1935, Mussolini invadiu a Etiópia numa campanha que deixou mais de meio milhão de mortos entre os africanos e cerca de 5.000 no lado italiano. Com isso, e perdeu o apoio da França e da Inglaterra, até então seus aliados políticos. Aproxiou-se de Hitler e, em 1939 ambos os países assinaram uma aliança conhecida como Eixo e fez com que a Itália entrasse na Segunda Guerra Mundial.

Com suas sucessivas derrotas, foi deposto e preso pelo rei em 1943. Libertado por paraquedistas alemães e levado para junto de Hitler. Voltou para a Itália onde fundou a República Social Italiana no norte do país, mas não teve forças para sustentá-la. O ditador foi morto em 1945, quando tentava fugir para a Alemanha juntamente com sua amante, Clara Petacci. Seu corpo foi pendurado e exposto à execração pública.

Josef Stalin (União Soviética)

Nasceu na Geórgia em 1879 em uma família de camponeses. Estudou russo na infância e em 1899 filiou-se ao Partido Social-Democrata. Entre 1905 e 1917, foi membro do Partido Bolchevista, sendo que havia sido escolhido por Lênin para ingressar no Comitê Central dos Bolchevistas em 1912. Stalin chegou ao posto de secretário-geral do Partido Comunista da URSS entre 1922 e 1953 e, em consequência, chefe de Estado durante 25 anos. Durante sua ditadura, transformou o país em potência mundial, promovendo a industrialização. Isso envolveu, porém, entre outras coisas, a implantação de um programa forçado de coletivização da agricultura e abolição da propriedade privada, que só foi possível com o assassinato de agricultores e a criação de um estado de terror policial, através do qual promoveu o expurgo e a execução de adversários políticos. Calcula-se que Stalin tenha sido responsável pela morte de 12 milhões de pessoas que se opunham ao seu poder.

Depois de ter papel fundamental na derrota dos nazistas na Segunda Guerra Mundial, estendeu o controle soviético aos países das Europa Oriental, obrigando vários deles a manterem-se no bloco comunista, ao custo da repressão de opositores, da fome e do empobrecimento das suas populações. Também foi responsabilizado pela existência de campos de trabalhos forçados para deter dissidentes e pela perseguição de minorias étnicas. Morreu na Rússia em 1953.

Getúlio Vargas (Brasil)

Naceu em 19 de abril de 1882, em São Borja, no Rio Grande do Sul. Em 1900, matriculou-se na Escola Preparatória e de Tática de Rio Pardo, sendo transferido posteriormente para Porto Alegre, onde terminou o serviço militar. Como sargento, participou em 1902 da Coluna Expedicionária do Sul, que se deslocou para Corumbá durante a disputa entre a Bolívia e o Brasil pela posse do Acre.

Bacharelou-se em direito em 1907 pela Faculdade de Direito de Porto Alegre. Ingressou na política em 1909, como deputado estadual pelo PRP (Partido Republicano Rio-Grandense). Entre 1922 e 1926, cumpriu o mandato de deputado federal. Foi ministro da Fazenda do governo Washington Luís e deixou o cargo em 1928 para governar o Rio Grande do Sul. Em 1930, comandou a revolução que derrubou o presidente.

Assumiu a presidência da República em novembro do mesmo ano e adotou uma política nacionalista durante os 15 anos de seu primeiro mandato, que foi dividido em três partes: o Governo Provisório, de 1930 a 1934, quando suspendeu as garantias da Constituição de 1891 e dissolveu o Congresso; o Governo Constitucional, de 1934 a 1937, marcado pela criação da Lei de Segurança Nacional e pela Intentona Comunista; e o Estado Novo, de 1937 a 1945, quando prescreveu todos os partidos, outorgou uma Constituição, e governou com poderes ditatoriais.

Conhecido como “pai dos pobres”, criou a Justiça do Trabalho em 1930, o Ministério da Justiça e o salário mínimo em 1940, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em 1943, a carteira profissional, a semana de 48 horas de trabalho e as férias remuneradas. Foi ainda responsável pela criação da Companhia Siderúrgica Nacional, a Vale do Rio Doce, a Hidrelétrica do Vale do São Francisco e entidades como o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Getúlio foi deposto por um golpe militar em 1945, mas voltou à presidência em 1950 eleito pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), do qual foi um dos fundadores. Neste período criou a Petrobras e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Forçado pelas Forças Armadas a renunciar no último ano de seu mandato em meio a uma crise política, suicidou-se no dia 24 de agosto de 1954, no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro.

Fidel Castro (Cuba)

Nascido em 1926 em Birán, Cuba, em uma família de fazendeiros, estudou em escolas jesuítas. Ingressou na Universidade de Havana em 1945 e formou-se advogado em 1949. Começou a conhecer o mundo da política a partir de 1952 quando iniciou oposição a Fulgêncio Batista, que havia tomado o poder por meio de um golpe de Estado. Em 1953, planejou um ataque ao quartel de La Moncada, foi preso junto com seu irmão e condenado a 15 anos de prisão. Recebeu a anistia em 1955 e exilou-se no México. Voltou escondido para Cuba em 1956 e tornou-se o líder do Exército Rebelde Cubano, que tinha entre seus membros Ernesto Che Guevara.

Fidel assumiu o poder em Cuba em 1959 depois que seus homens venceram o general Batista, que fugiu para o exterior. Tornou-se comandante das Forças Armadas e passou a receber apoio econômico da URSS. Com isso, o país passou a sofrer embargo econômico por parte dos EUA. Nacionalizou empresas estrangeiras, implementou a reforma urbana, o desenvolvimento da indústria nacional e a campanha de alfabetização.

O enfraquecimento do regime comunista no final dos anos 1980 acabou por isolar Cuba, que empobreceu, mas Fidel continuou governando a ilha com os mesmos pricípios e braço forte, reprimindo seus dissidentes com violência. Doente e tendo passado por uma cirurgia, Fidel transferiu em 2006 o poder temporariamente ao seu irmão, Raúl Castro, renunciando oficialmente à presidência em 2008.

Muammar al-Kadhafi (Líbia)

Nasceu entre 1941 e 1942 no deserto próximo a cidade líbia de Surt. Ingressou na Academia Militar de Benghazi e também integrou a Real Academia Militar Inglaterra. Foi membro das tropas revolucionárias que em 1969 depuseram o rei Idris I, tornando-se chefe de Estado em 1970, quando instalou no país o chamado socialismo árabe ou política pan-arábica.

Kadhafi teve apoio político da URSS, criou alianças com outros países árabes e posicionou-se contra o reconhecimento do Estado de Israel. Acabou sendo visto como inimigo pelos EUA, que o considerou um apoiador do terrorismo internacional e o acusou de desenvolver armas de destruição em massa.

Depois de sofrer sanções e embargos da ONU na década de 1990, viu seu país deixar a lista de países classificados como “eixo do mal” ao colaborar com os países ocidentais na luta contra o terrorismo. É um dos líderes há mais tempo no poder.

Pol Pot (Camboja)

Saloth Sar era o verdadeiro nome do ditador cambojano nascido em 1928 na então Indochina, dominada pela França. Morou em Paris na década de 1940, onde teve contato com a literatura comunista. Voltou para seu país em 1953 e fez parte de movimentos de independência, conquistada em 1955.

Liderando os guerrilheiros do Khmer Vermelho, tomou o poder em 1975, formando um governo comunista radical. Ordenou uma retirada em massa da população das cidades, que foi enviada à força de volta aos campos para “eliminar os vícios burgueses” criando assim uma nova sociedade sem classes.

Ao mesmo tempo, intelectuais e profissionais liberais foram executados, assim como cerca de 15 mil dos 20 mil professores do país e 90% dos monges budistas. As estimativas são de que o genocídio promovido pelo ditador tenha provocado a morte de até 4 milhões de pessoas (cerca da metade da população do país).

Pol Pot foi destituído após uma invasão vietnamita ao país em 1979. Fugiu para a selva, de onde continuou a promover ações junto ao Khmer Vermelho que, enfraquecido, viu os seus membros desertarem. Morreu em 1998 aparentemente de ataque cardíaco.

Por: Carlos Ferreira - IG Educação

*VEJA AS IMAGENS DOS 10 DITADORES QUE MARCARAM A HISTÓRIA

20 de fevereiro de 2009

NÚMEROS DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

BRASÍLIA - Das 26 capitais brasileiras, apenas cinco alcançaram, em 2007, as metas em língua portuguesa propostas pelo movimento Todos pela Educação para a 4ª série. Já para os alunos de 8ª série, o cenário se inverte – todas as capitais, exceto Belém (PA), alcançaram o resultado esperado na disciplina.

Os dados, de acordo com o movimento, foram calculados a partir do resultado da Prova Brasil de 2007. A avaliação é feita pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) a cada dois anos em todas as escolas da rede pública da zona urbana do País, com mais de 20 alunos em cada série.

Das 21 capitais que não alcançaram as metas em língua portuguesa para a 4ª série, 14 apresentaram queda no percentual de alunos com aprendizado considerado adequado. Outras sete capitais registraram o que o Todos pela Educação classifica como “aumento insuficiente para alcançar as metas”.

Um dos destaques negativos, segundo o movimento, é a cidade do Rio de Janeiro. A capital fluminense, em 2005, registrava 33,05% dos alunos da 4ª série com aprendizado adequado mas, em 2007, os números caíram para 29,07%.

Já a avaliação de alunos da 8ª série indica que todas as capitais brasileiras registraram aumento no percentual de aprendizado adequado em língua portuguesa. Mas, os resultados, de acordo com o Educação para Todos, ainda mostram que a maioria dos alunos passa pela escola, porém não aprende o mínimo esperado.

O levantamento alerta que, no Brasil, menos de três em cada dez alunos da 4ª série aprenderam o que é esperado para sua série em língua portuguesa. Apesar de um resultado aparentemente positivo, a avaliação atesta que, na 8ª série, apenas três em cada dez estudantes possuem os conhecimentos adequados em sua série na mesma disciplina.

Os dados de aprendizado fazem parte do acompanhamento da Meta 3 do Todos Pela Educação, na qual o movimento defende que, até 2022, 70% ou mais dos alunos tenham conhecimento adequado às séries que cursam.

Este artigo segue as regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa

Fonte: IG Educação

12 de fevereiro de 2009

MEUS ALUNOS NÃO GOSTAM DE FILMES, O QUE FAZER?

Um dos comentários que mais escuto quando faço palestras sobre o uso pedagógico do cinema na escola é que há alunos que não gostam ou não têm paciência para assistir a filmes. Isso é um dado real. Nem todas as crianças ou adolescentes foram educados ou preparados para lidar com filmes, assim como existem inúmeros estudantes que rejeitam os livros, as aulas expositivas, os trabalhos em grupo, as tarefas escolares...

O trabalho educacional e também o cultural dependem essencialmente de dois grandes pontos de apoio: o da família e o dos professores. Como vivemos em uma sociedade injusta, desigual e marcada pela impossibilidade de muitas famílias quanto ao acesso à cultura (cinema, teatro, literatura, música, dança,...) ou ainda pelo fato de muitos pais não terem completado ou mesmo realizado seus estudos, constatamos que cabe aos professores a maior parte dessa tarefa.

E que tarefa, especificamente, é esta?

A responsabilidade de criar elos entre o estudante e a cultura, a de estimular o estudo a partir do uso de bases como a literatura, o cinema, a arte e todas as demais formas de expressão cultural, interpretação do conhecimento ou leitura da realidade configuradas pela humanidade.

E como fazer isso?

Cada contexto em que trabalhamos tem suas particularidades e, certamente temos que levá-las em conta, mas independente disso há algumas ideias essenciais que temos que levar em consideração quando queremos motivar, ensinar e obter bons resultados ao utilizar filmes na escola, entre as quais podemos destacar:

- Use filmes apropriados à faixa etária de seus alunos (observe sempre as indicações nas caixas dos DVDs ou das fitas VHS; isso é importante até como uma forma de prevenir problemas com os pais).

- Selecione trechos das produções que falem sobre temas que estiver a trabalhar em sala de aula. Usar o filme todo (a não ser que se trate de um curta-metragem, como por exemplo, "Ilha das Flores", "Barbosa", “Aquarela”, “A Casa” ou desenhos curtinhos de 10 ou 12 minutos de projeção - caso de muitas produções da Turma da Mônica).

- Tenha sempre em mente o que pretende explorar dos trechos selecionados para trabalhar na sala de aula.

- Relacione o que foi visto com leituras, aulas dadas, tarefas ou mesmo avaliações.

- Passe o trecho mais de uma vez, sendo que na primeira delas deixe seus alunos assistirem de forma descompromissada. Na segunda oportunidade direcione o olhar dos estudantes com perguntas ou pedindo atenção a detalhes do filme (diálogos, música, figurinos, efeitos visuais, cenografia, atuação dos protagonistas...).

Acho que essas orientações são bastante válidas para o começo do trabalho. Agora é fazer um bom planejamento e mãos à obra.

Autor:

João Luís de Almeida Machado, editor do Portal Planeta Educação; Doutor em Educação pela PUC-SP; Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP); Professor Universitário e Pesquisador; Autor do livro "Na Sala de Aula com a Sétima Arte – Aprendendo com o Cinema" (Editora Intersubjetiva).

9 de fevereiro de 2009

DOM HÉLDER CÂMARA, MAIS QUE UM RELIGIOSO

Prof. Edvaldo Cavalcante
No último dia 07, Dom Hélder Câmara, se vivo, completaria cem anos. Ele faleceu aqui ,no Recife, em 08 de agosto de 1999. Sempre fui fã dele, não por questões religiosas mas, pelas inúmeras obras sociais que implementou durante toda sua vida. Faça um teste: escreva no Google “Dom Hélder Câmara”, escolha aleatoriamente um dos sites listados e leia o conteúdo. Pouco se fala sobre religião, a grande obra da vida desse admirável homem foi sua incansável dedicação aos problemas sociais, sobretudo a pobreza e os direitos civis. Dom Hélder direcionou sua vida para esse lado desde o início do seu sacerdócio. Em 1931, logo que foi ordenado padre com apenas 22 anos (teve uma permissão especial, já que não tinha a idade mínima permitida), criou a “Legião Cearense do Trabalho”. Dois anos depois fundou a “Sindicalização Operária Feminina Católica”, que atuava na defesa das lavadeiras e empregadas domésticas cearenses.

A ascensão de Dom Helder na Igreja Católica se deu sempre de forma prematura. Com apenas 43 anos foi ordenado bispo do Rio de Janeiro. A inclinação para as obras sociais não diminuiu com a importância do cargo, na verdade, ele passou a atuar com mais veemência nessa área. Em 1956, fundou a "Cruzada São Sebastião", uma espécie de “movimento dos sem teto” que atuava nas favelas do Rio de Janeiro. Denunciou, nessa época, a expulsão dos pobres para os morros.

Em 1964, ano do Golpe Militar, Dom Hélder retornou ao Nordeste. Desta feita, como Arcebispo de Olinda e Recife. Com a mudança na situação política do Brasil, Dom Hélder direcionou sua obra para a defesa dos direitos humanos. Criou a “Comissão de Justiça e Paz” e as “Ligas Camponesas” que lutavam pela implantação da reforma agrária.

Por conta da sua atuação em defesa dos direitos humanos, Dom Hélder foi perseguido pelo Regime Militar. Por ser uma figura de importância internacional com muita influência na Igreja Católica, os militares hesitaram em prendê-lo ou cercear sua liberdade de expressão e passaram a perseguir os seus colaboradores . No dia 29 de maio de 1969, o Padre Antônio Henrique Pereira, coordenador de uma das pastorais criadas por Dom Helder, a da juventude, foi encontrado morto num terreno baldio na cidade universitária. O corpo apresentava sinais de tortura. Mesmo com essa manifestação extrema de violência, Dom Helder enfrentou os militares durante toda a ditadura. Suas idéias serviram de base para o surgimento , em 1975, da “Comissão Pastoral da Terra” que teve importante atuação em defesa dos trabalhadores rurais durante os governos militares.

Conheci Dom Hélder pessoalmente. Em 1992, eu e meu amigo Lito, fomos até a Igreja das Fronteiras, aqui no Recife, e batemos à porta. Pedimos para falar com ele e fomos atendidos. Dom Hélder nos recebeu e conversamos durante uns trinta minutos. Desse raro momento, lembro-me dele falando: "covardia é uma estupidez". Não lembro como chegou a essa afirmação, mas repetiu várias vezes: "o homem não tem o direito de ser covarde".

Dom Hélder não era cantor, nem tinha rosto de galã de novela, como alguns padres famosos que vemos na tevê hoje em dia. Sua beleza estava (e está) na força da sua obra social e na profundidade das suas palavras: "Se eu dou comida a um pobre, me chamam de santo, mas se eu pergunto por que ele é pobre, me chamam de comunista." Meus respeitos, Dom Hélder!

6 de fevereiro de 2009

O AMAURY ONLINE ESTÁ COMPLETANDO UM ANO DE VIDA

No último dia 01 de fevereiro, o nosso blog completou um ano de vida. Espero que nesse ano de 2009 a participação da Comunidade Amaury (professores, alunos, ex-alunos e a comunidade em geral) seja maior. A tarefa de manter atualizada essa página é feita de forma voluntária por mim, professor Edvaldo, mas eu gostaria que todos participassem!

INÍCIO DO ANO LETIVO COM A CELEBRAÇÃO DA CULTURA POPULAR DE PERNAMBUCO

OBS: CLIQUE NA FOTO PARA AMPLIAR
MARIA DO CARMO E LUCINÉIA SAUDANDO OS ALUNOS
EM VOLTA DO BUSTO DO DR. AMAURY DE MEDEIROS, OS ALUNOS OUVIRAM AS MENSAGENS DE BOAS VINDAS
O REENCONTRO COM OS AMIGOS
O GRUPO GUERREIROS DO FREVO DEU O TOM DA FESTA: FREVO!!!!!!!!!
ROSA, LUCINÉIA E MARIA DO CARMO CERCADAS PELOS GUERREIROS DO FREVO
A PASSISTA DEMONSTRANDO SUA ARTE E, AO FUNDO, NOTE, LILIOSA SE ESBALDANDO E ROSE OBSERVANDO ATENTA. O CARNAVAL VEM AÍ, NÉ?
MARIA NÃO RESISTIU E CAIU NO FREVO
PROFESSORA FABRÍCIA NA PRIMEIRA AULA DO ANO
ESSE AÍ NA PENUMBRA É O PROFESSOR EDVALDO NUMA DINÂMICA DE GRUPO
ANA CARLA E ROSANA NUMA DINÂMICA DE GRUPO
A FESTA DOS BALÕES!!!!!!!!!!!!
Fotos: Fábio e Rodrigo

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