Blog da Escola de Referência e Educação Jovens e Adultos Amaury de Medeiros

.

29 de dezembro de 2010

Receita de ano novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano não apenas pintado de novo,remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando pelo direito
 augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade retirado de Jornal de Poesia

Postado por Tia Jana

23 de dezembro de 2010

A verdadeira história do Natal

A humanidade comemora essa data desde bem antes do nascimento de Jesus. Conheça o bolo de tradições que deram origem à Noite Feliz
por Texto Thiago Minami e Alexandre Versignassi
Roma, século 2, dia 25 de dezembro. A população está em festa, em homenagem ao nascimento daquele que veio para trazer benevolência, sabedoria e solidariedade aos homens. Cultos religiosos celebram o ícone, nessa que é a data mais sagrada do ano. Enquanto isso, as famílias apreciam os presentes trocados dias antes e se recuperam de uma longa comilança. Mas não. Essa comemoração não é o Natal. Trata-se de uma homenagem à data de “nascimento” do deus persa Mitra, que representa a luz e, ao longo do século 2, tornou-se uma das divindades mais respeitadas entre os romanos. Qualquer semelhança com o feriado cristão, no entanto, não é mera coincidência.

A história do Natal começa, na verdade, pelo menos 7 mil anos antes do nascimento de Jesus. É tão antiga quanto a civilização e tem um motivo bem prático: celebrar o solstício de inverno, a noite mais longa do ano no hemisfério norte, que acontece no final de dezembro. Dessa madrugada em diante, o sol fica cada vez mais tempo no céu, até o auge do verão. É o ponto de virada das trevas para luz: o “renascimento” do Sol. Num tempo em que o homem deixava de ser um caçador errante e começava a dominar a agricultura, a volta dos dias mais longos significava a certeza de colheitas no ano seguinte. E então era só festa. Na Mesopotâmia, a celebração durava 12 dias. Já os gregos aproveitavam o solstício para cultuar Dionísio, o deus do vinho e da vida mansa, enquanto os egípcios relembravam a passagem do deus Osíris para o mundo dos mortos. Na China, as homenagens eram (e ainda são) para o símbolo do yin-yang, que representa a harmonia da natureza. Até povos antigos da Grã-Bretanha, mais primitivos que seus contemporâneos do Oriente, comemoravam: o forrobodó era em volta de Stonehenge, monumento que começou a ser erguido em 3100 a.C. para marcar a trajetória do Sol ao longo do ano.

A comemoração em Roma, então, era só mais um reflexo de tudo isso. Cultuar Mitra, o deus da luz, no 25 de dezembro era nada mais do que festejar o velho solstício de inverno – pelo calendário atual, diferente daquele dos romanos, o fenômeno na verdade acontece no dia 20 ou 21, dependendo do ano. Seja como for, esse culto é o que daria origem ao nosso Natal. Ele chegou à Europa lá pelo século 4 a.C., quando Alexandre, o Grande, conquistou o Oriente Médio. Centenas de anos depois, soldados romanos viraram devotos da divindade. E ela foi parar no centro do Império.

Mitra, então, ganhou uma celebração exclusiva: o Festival do Sol Invicto. Esse evento passou a fechar outra farra dedicada ao solstício. Era a Saturnália, que durava uma semana e servia para homenagear Saturno, senhor da agricultura. “O ponto inicial dessa comemoração eram os sacrifícios ao deus. Enquanto isso, dentro das casas, todos se felicitavam, comiam e trocavam presentes”, dizem os historiadores Mary Beard e John North no livro Religions of Rome (“Religiões de Roma”, sem tradução para o português). Os mais animados se entregavam a orgias – mas isso os romanos faziam o tempo todo. Bom, enquanto isso, uma religião nanica que não dava bola para essas coisas crescia em Roma: o cristianismo.

Solstício cristão
 
As datas religiosas mais importantes para os primeiros seguidores de Jesus só tinham a ver com o martírio dele: a Sexta-Feira Santa (crucificação) e a Páscoa(ressurreição). O costume, afinal, era lembrar apenas a morte de personagens importantes. Líderes da Igreja achavam que não fazia sentido comemorar o nascimento de um santo ou de um mártir – já que ele só se torna uma coisa ou outra depois de morrer. Sem falar que ninguém fazia idéia da data em que Cristo veio ao mundo – o Novo Testamento não diz nada a respeito. Só que tinha uma coisa: os fiéis de Roma queriam arranjar algo para fazer frente às comemorações pelo solstício. E colocar uma celebração cristã bem nessa época viria a calhar – principalmente para os chefes da Igreja, que teriam mais facilidade em amealhar novos fiéis. Aí, em 221 d.C., o historiador cristão Sextus Julius Africanus teve a sacada: cravou o aniversário de Jesus no dia 25 de dezembro, nascimento de Mitra. A Igreja aceitou a proposta e, a partir do século 4, quando o cristianismo virou a religião oficial do Império, o Festival do Sol Invicto começou a mudar de homenageado. “Associado ao deus-sol, Jesus assumiu a forma da luz que traria a salvação para a humanidade”, diz o historiador Pedro Paulo Funari, da Unicamp.

Assim, a invenção católica herdava tradições anteriores. “Ao contrário do que se pensa, os cristãos nem sempre destruíam as outras percepções de mundo como rolos compressores. Nesse caso, o que ocorreu foi uma troca cultural”, afirma outro historiador especialista em Antiguidade, André Chevitarese, da UFRJ.
Não dá para dizer ao certo como eram os primeiros Natais cristãos, mas é fato que hábitos como a troca de presentes e as refeições suntuosas permaneceram. E a coisa não parou por aí. Ao longo da Idade Média, enquanto missionários espalhavam o cristianismo pela Europa, costumes de outros povos foram entrando para a tradição natalina. A que deixou um legado mais forte foi o Yule, a festa que os nórdicos faziam em homenagem ao solstício. O presunto da ceia, a decoração toda colorida das casas e a árvore de Natal vêm de lá. Só isso.

Outra contribuição do norte foi a idéia de um ser sobrenatural que dá presentes para as criancinhas durante o Yule. Em algumas tradições escandinavas, era (e ainda é) um gnomo quem cumpre esse papel. Mas essa figura logo ganharia traços mais humanos.

Nasce o Papai Noel
 
Ásia Menor, século 4. Três moças da cidade de Myra (onde hoje fica a Turquia) estavam na pior. O pai delas não tinha um gato para puxar pelo rabo, e as garotas só viam um jeito de sair da miséria: entrar para o ramo da prostituição. Foi então que, numa noite de inverno, um homem misterioso jogou um saquinho cheio de ouro pela janela (alguns dizem que foi pela chaminé) e sumiu. Na noite seguinte, atirou outro; depois, mais outro. Um para cada moça. Aí as meninas usaram o ouro como dotes de casamento – não dava para arranjar um bom marido na época sem pagar por isso. E viveram felizes para sempre, sem o fantasma de entrar para a vida, digamos, “profissional”. Tudo graças ao sujeito dos saquinhos. O nome dele? Papai Noel.

Bom, mais ou menos. O tal benfeitor era um homem de carne e osso conhecido como Nicolau de Myra, o bispo da cidade. Não existem registros históricos sobre a vida dele, mas lenda é o que não falta. Nicolau seria um ricaço que passou a vida dando presentes para os pobres. Histórias sobre a generosidade do bispo, como essa das moças que escaparam do bordel, ganharam status de mito. Logo atribuíram toda sorte de milagres a ele. E um século após sua morte, o bispo foi canonizado pela Igreja Católica. Virou são Nicolau.
As transformações de S. Nicolau

Um santo multiuso: padroeiro das crianças, dos mercadores e dos marinheiros, que levaram sua fama de bonzinho para todos os cantos do Velho Continente. Na Rússia e na Grécia Nicolau virou o santo nº1, a Nossa Senhora Aparecida deles. No resto da Europa, a imagem benevolente do bispo de Myra se fundiu com as tradições do Natal. E ele virou o presenteador oficial da data. Na Grã-Bretanha, passaram a chamá-lo de Father Christmas (Papai Natal). Os franceses cunharam Pére Nöel, que quer dizer a mesma coisa e deu origem ao nome que usamos aqui. Na Holanda, o santo Nicolau teve o nome encurtado para Sinterklaas. E o povo dos Países Baixos levou essa versão para a colônia holandesa de Nova Amsterdã (atual Nova York) no século 17 – daí o Santa Claus que os ianques adotariam depois. Assim o Natal que a gente conhece ia ganhando o mundo, mas nem todos gostaram da idéia.

Natal fora-da-lei
 
Inglaterra, década de 1640. Em meio a uma sangrenta guerra civil, o rei Charles 1º digladiava com os cristãos puritanos – os filhotes mais radicais da Reforma Protestante, que dividiu o cristianismo em várias facções no século 16.

Os puritanos queriam quebrar todos os laços que outras igrejas protestantes, como a anglicana, dos nobres ingleses, ainda mantinham com o catolicismo. A idéia de comemorar o Natal, veja só, era um desses laços. Então precisava ser extirpada.

Primeiro, eles tentaram mudar o nome da data de “Christmas” (Christ’s mass, ou Missa de Cristo) para Christide (Tempo de Cristo) – já que “missa” é um termo católico. Não satisfeitos, decidiram extinguir o Natal numa canetada: em 1645, o Parlamento, de maioria puritana, proibiu as comemorações pelo nascimento de Cristo. As justificativas eram que, além de não estar mencionada na Bíblia, a festa ainda dava início a 12 dias de gula, preguiça e mais um punhado de outros pecados.

A população não quis nem saber e continuou a cair na gandaia às escondidas. Em 1649, Charles 1º foi executado e o líder do exército puritano Oliver Cromwell assumiu o poder. As intrigas sobre a comemoração se acirraram, e chegaram a pancadaria e repressões violentas. A situação, no entanto, durou pouco. Em 1658 Cromwell morreu e a restauração da monarquia trouxe a festa de volta. Mas o Natal não estava completamente a salvo. Alguns puritanos do outro lado do oceano logo proibiriam a comemoração em suas bandas. Foi na então colônia inglesa de Boston, onde festejar o 25 de dezembro virou uma prática ilegal entre 1659 e 1681. O lugar que se tornaria os EUA, afinal, tinha sido colonizado por puritanos ainda mais linha-dura que os seguidores de Cromwell. Tanto que o Natal só virou feriado nacional por lá em 1870, quando uma nova realidade já falava mais alto que cismas religiosas.

Tio Patinhas
 
Londres, 1846, auge da Revolução Industrial. O rico Ebenezer Scrooge passa seus Natais sozinho e quer que os pobres se explodam “para acabar com o crescimento da população”, dizia. Mas aí ele recebe a visita de 3 espíritos que representam o Natal. Eles lhe ensinam que essa é a data para esquecer diferenças sociais, abrir o coração, compartilhar riquezas. E o pão-duro se transforma num homem generoso.

Eis o enredo de Um Conto de Natal, do britânico Charles Dickens. O escritor vivia em uma Londres caótica, suja e superpopulada – o número de habitantes tinha saltado de 1 milhão para 2,3 milhões na 1a metade do século 19. Dickens, então, carregou nas tintas para evocar o Natal como um momento de redenção contra esse estresse todo, um intervalo de fraternidade em meio à competição do capitalismo industrial. Depois, inúmeros escritores seguiram a mesma linha – o nome original do Tio Patinhas, por exemplo, é Uncle Scrooge, e a primeira história do pato avarento, feita em 1947, faz paródia a Um Conto de Natal. Tudo isso, no fim das contas, consolidou a imagem do “espírito natalino” que hoje retumba na mídia. Quer dizer: quando começar o próximo especial de Natal da Xuxa, pode ter certeza de que o fantasma de Dickens vai estar ali.

Outra contribuição da Revolução Industrial, bem mais óbvia, foi a produção em massa. Ela turbinou a indústria dos presentes, fez nascer a publicidade natalina e acabou transformando o bispo Nicolau no garoto-propaganda mais requisitado do planeta. Até meados do século 19, a imagem mais comum dele era a de um bispo mesmo, com manto vermelho e mitra – aquele chapéu comprido que as autoridades católicas usam. Para se enquadrar nos novos tempos, então, o homem passou por uma plástica. O cirurgião foi o desenhista americano Thomas Nast, que em 1862, tirou as referências religiosas, adicionou uns quilinhos a mais, remodelou o figurino vermelho e estabeleceu a residência dele no Pólo Norte – para que o velhinho não pertencesse a país nenhum. Nascia o Papai Noel de hoje. Mas a figura do bom velhinho só bombaria mesmo no mundo todo depois de 1931, quando ele virou estrela de uma série de anúncios da Coca-Cola. A campanha foi sucesso imediato. Tão grande que, nas décadas seguintes, o gorducho se tornou a coisa mais associada ao Natal. Mais até que o verdadeiro homenageado da comemoração. Ele mesmo: o Sol.

Retirado de: Superinteressante


Por: Tia Jana

19 de dezembro de 2010

10 Estratégias de manipulação da mídia

O linguista estadunidense Noam Chomsky elaborou uma lista das “10 estratégias de manipulação” através da mídia:
1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO - O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais” (citação do texto ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’).

2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade.

6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…

7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossíveis para o alcance das classes inferiores.

8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…

9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!

10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.

Fonte: http://www.saindodamatrix.com.br/
Intertexto:
 

Intertexto 2

 

Postado por: Tia Jana

16 de dezembro de 2010

OS ANÉIS DO ESPAÇO E AS VISÕES ALTERNATIVAS DO UNIVERSO

No mês passado, dois físicos surpreenderam o mundo alegando que teriam visto através do Big Bang e vislumbrado evidências de encarnações anteriores do universo, numa análise de sinais de rádio vindas do espaço.

As evidências, segundo Roger Penrose, da Universidade Oxford, e Vahe Gurzadyan, da Universidade Estadual de Yerevan, na Armênia, tomam a forma de anéis concêntricos, gerados por colisões de buracos negros supermassivos em versões anteriores de nosso universo _ e imprimidos, como ondas numa lagoa, numa névoa de radiação em microondas.

Esses anéis sempre foram considerados como uma sobra da grande explosão que iniciou nosso próprio ciclo de tempo, o Big Bang, há cerca de 13,7 bilhões de anos.

Agora, porém, dois outros grupos de astrônomos que examinavam os mesmos dados concluíram que os anéis, embora reais, fazem parte do universo atual que tanto conhecemos e amamos.

O fundo cósmico de micro-ondas (FCM), como é conhecido, foi muito estudado desde sua descoberta, em 1965, por telescópios de rádio, balões e três satélites _ o Explorador Cósmico de Fundo, da NASA, a Sonda Wilkinson de Anisotropia de Microondas e, mais recentemente, o satélite Planck, da Europa _, em busca de pistas sobre a origem do universo.

Estima-se que leves desvios de temperatura, no que é normalmente um banho de calor excessivamente uniforme, tenham surgido de flutuações microscópicas num campo de força conhecido como inflação cósmica _ que conduziu a expansão do universo quando não tinha mais que uma fração de nanossegundo de idade.

Os anéis vistos por Penrose e Gurzadyan são estreitas faixas onde o padrão ruidoso de calor e frio no universo inicial, conforme registrado pelo satélite Wilkinson e outros experimentos, é levemente menos manchado que o normal.

Eles postaram uma cópia de seu artigo na internet em 16 de novembro, apontando que os anéis confirmavam a previsão de uma teoria recentemente proposta por Penrose, um dos mais renomados matemáticos do mundo, chamada Cosmologia Cíclica Conformal.

Esse é o assunto de um novo livro de sua autoria, "Cycles of Time: An Extraordinary New View of the Universe" (Ciclos do tempo: uma extraordinária nova visão do universo, em tradução livre), com lançamento programado para maio nos EUA.

Cosmologistas da corrente principal, que já viram uma longa lista de anomalias no fundo cósmico chegarem e irem embora, não se impressionaram.

Agora seu ceticismo é apoiado por dois grupos de cosmologistas, Ingunn Kathrine Wehus e Hans Eriksen, da Universidade de Oslo, na Noruega, e Adam Moss, Douglas Scott e James P.

Zibrin, todos da Universidade da Columbia Britânica.

Em artigos independentes baseados nos dados do satélite Wilkinson, os dois grupos relataram a descoberta dos anéis, mas afirmaram que eles eram consistentes com um surgimento ao acaso nos primeiros momentos de nosso próprio universo.

A eternidade não é necessária para explicá-los.

Moss e seus colegas escreveram, "Gurzadyan e Penrose não encontraram evidências de fenômenos pré-Big Bang, mas apenas redescobriram que o FCM contém estrutura".

David Spergel, astrofísico da Universidade de Princeton e membro da equipe do satélite Wilkinson, disse por e-mail: "Embora observar círculos do universo pré-Big Bang tivesse sido instigante, eu vejo isso como a ciência em sua melhor forma.

Declarações instigantes são feitas e elas atraem a atenção dos cosmologistas em todo o mundo.

Como os dados do WMAP são publicamente disponíveis, grupos de todo o mundo puderam verificar a declaração.

Um universo com matéria escura, energia escura e inflação cósmica é bizarro o bastante _ nós não conseguimos, contudo, detectar círculos de universos alternativos".

Porém, visões de universos alternativos continuam aparecendo.

Na última quinta-feira, um grupo internacional liderado por Stephen M.

Feeney, do University College, em Londres, relatou a descoberta de evidências experimentais de bolhas nos dados de microondas, que poderiam ser marcas de colisões com outros universos _ que teriam surgido a partir do nosso universo, durante a época da inflação cósmica.

As evidências, como eles mesmo reconheceram, ainda eram frágeis demais, mas poderiam ser aprimoradas pelo satélite Planck, que hoje mapeia o espaço e deve entregar seus resultados em 2012.

"Se essas evidências forem corroboradas por dados futuros do satélite Planck, seremos capazes de obter conhecimento sobre a possível existência do multiverso", escreveram os autores.

Spergel e Max Tegmark, cosmologista do MIT, disseram que o grupo parecia ter feito um trabalho cuidadoso de análise.

Tegmark disse, "Isso está entrando na lista das coisas que mais serão procuradas nos dados do satélite Planck".

© 2010 New York Times News Service (Via Yahoo)

Postado por: Mirths Santos

15 de dezembro de 2010

O COMPUTADOR MAIS ANTIGO DO MUNDO

Por Luciana Schmoeler - O artefato foi encontrado há mais de um século, mas só agora, com novas técnicas de pesquisa, foi totalmente revelado. O Mecanismo de Antikythera, considerado por muitos o computador mais antigo da história, foi feito por gregos no século II A.C., mas só foi encontrado em 1901 no local do naufrágio de um navio romano, em Antikythera, próximo à ilha de Creta.

Mecanismo de Antikythera

Com peças de bronze e base em madeira, o artefato possuía um complexo sistema de engrenagens que só foi igualado no início do século XX. Sua finalidade era calcular as fases da lua e a irregularidade de sua órbita, os eclipses solares e a localização exata de alguns planetas do sistema solar. Essas informações eram extremamente importantes para a sociedade da época devido a importância de suas atividades agrícolas e cultos religiosos.

O assunto só ressurgiu agora porque o jornal científico Nature publicou os estudos de um grupo de pesquisadores que conseguiu reconstruir todo o sistema de engrenagens virtualmente, com a ajuda de tomografias, raio-X e mapeamento de imagem. Além disso, obteve grande sucesso em decrifrar as inscrições contidas no objeto: parece que 95% do escrito foi recuperado e decifrado, mas seu conteúdo ainda não foi divulgado oficialmente.

Abaixo, uma animação gráfica mostra como seria o funcionamento do remoto mecanismo:

Postado por: Ed Cavalcante

13 de dezembro de 2010

A EDUCAÇÃO BRASILEIRA ESTÁ NO RUMO CERTO?

"A cobrança é uma função da sociedade e inexiste na escola pública"

Por: João Batista Araujo e Oliveira

A presidente eleita Dilma Rousseff declarou que a Educação no Brasil está devidamente equacionada. Cabe examinar, portanto, se o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) é portador de uma agenda de futuro, levando à conquista de novos patamares. Parece que não.

Em que consiste o PDE? Em um conjunto de propostas com recursos e metas de atendimento. Engloba projetos diferenciados, que vão da construção de creches ao apoio aos alunos do ensino superior, passando por merenda, transportes, materiais didáticos, informática, escolas técnicas, cursos a distância, provinha Brasil de alfabetização, formação de professores, assistência social, assistência à saúde e educação no campo. Individualmente, os projetos podem vir a ter maior ou menor eficácia. Sua simples existência, sem dúvida, guarda méritos, pois organiza a ação do Ministério da Educação, reduz o balcão de ações pontuais e estimula um mínimo grau de planejamento pelos Estados e municípios. Mas nada garante que essas ações surtirão efeitos sistemáticos e duradouros nos fundamentos que asseguram educação com equidade e qualidade.

Cabe registrar um aspecto extremamente positivo no PDE: as metas para melhoria de qualidade, que são avaliadas por meio da Prova Brasil. Concordemos ou não com as metas, elas mexeram com o país e trouxeram transparência ao setor: agora é preciso mostrar resultados. Hoje, há pelo menos algumas dezenas - talvez centenas - de prefeitos que começam a se preocupar com as notas dos alunos nessa prova. Só isso já justificaria a passagem do ministro Fernando Haddad pelo MEC.

A observação do que vem ocorrendo desde a implementação da Prova Brasil, e especialmente as explicações que são dadas para eventuais avanços nessa prova, demonstram que ainda não aprendemos a estabelecer uma relação correta entre meios e fins. Não aprendemos a identificar as variáveis críticas que podem contribuir para colocar o país numa trajetória de qualidade. As próprias ações do Plano de Desenvolvimento a Educação reforçam a crença de que fazer alguma coisa, ou muita coisa, é melhor do que não fazer nada.

Talvez no estágio atual, em que os indicadores ainda são muito baixos, isso funcione. É o conhecido efeito Hawthorne ou efeito novidade. Um pouco de atenção e a instauração de melhorias e moralidade na gestão, com certeza, explicam alguns avanços. Mas não nos levará ao pódio.

As reformas educacionais empreendidas em outros países e a estrutura que rege o funcionamento dos sistemas de ensino com elevado desempenho educacional mostram que, para melhorar, são necessárias outras condicionantes. Algumas dessas, alvo de políticas públicas: programas de ensino claros e exequíveis, professores bem formados, meios administrativos e financeiros para a escola funcionar e avaliação externa de preferência associada a algum tipo de transparência ou incentivo. A pressão social também é outra condicionante. A cobrança social sobre a Educação é função da sociedade, e inexiste no caso da escola pública no Brasil.

Na escola, as condições dependem, fundamentalmente, do exercício da liderança pelo diretor e das consequências de sua atuação. Nos países que alcançaram ou superaram a média do PISA, que é o termômetro internacional de qualidade da educação, a educação funciona assim. E naqueles que integram esse ranking, as reformas educativas foram feitas de maneira progressiva, ao longo de décadas, começando de baixo para cima. Nenhum tentou fazer tudo ao mesmo tempo. O primeiro requisito da reforma é suprir as escolas com professores bem formados. O segundo é assegurar ao diretor da mesma os meios, a autoridade e o poder para exercer o seu trabalho - os graus de autonomia variam nos diferentes países.

A eficácia de uma reforma se mede não apenas pela média no PISA, mas pela distribuição das notas das escolas. Essa é a medida da equidade: nos países desenvolvidos, a média das escolas é bastante semelhante: isso reflete a existência de um padrão de ensino. No Brasil, a gigantesca dispersão dos resultados entre escolas públicas aponta a falência das ações empreendidas pelas redes de ensino. Ademais, em vez de pacto, temos uma bagunça federativa, em que cada nível atua diretamente na escola, mas não se compenetra das ações que lhe são próprias.

O desafio de uma reforma educativa no Brasil requer uma ação em dois tempos. De um lado, e no curto e médio prazos, são necessárias medidas para atenuar as fortes limitações gerenciais das escolas e redes de ensino, bem como as limitações ainda mais fortes decorrentes da precária formação de professores. Há medidas bem conhecidas para isso, nada a ver com o PDE. De outro, para o longo prazo, uma reforma só começará a mudar o vetor da qualidade quando o país for capaz de implementar uma política de atração e manutenção de jovens altamente qualificados no magistério.

Vale registrar que todas essas iniciativas deverão ser implementadas em contexto corroído pelas pressões corporativistas e de cunho ideológico, além de totalmente alheio às evidências científicas sobre o que efetivamente funciona em Educação. Até lá, teremos apenas remendos. Pensando bem, mesmo como remendo necessitamos de algo muito mais focado e robusto do que o que hoje existe no PDE.

Fo nte: Valor Econômico, 13/12

Humor: Israel & Palestina

Uma "aula" sobre a questão Israel-Palestina... É uma aula de geopolítica... uahuahuahua

Mona Lisa guarda em pupila a chave de sua identidade, segundo nova teoria


Londres, 13 dez (EFE).- A Mona Lisa de Leonardo da Vinci guarda em sua pupila esquerda a clave da identidade da modelo em que o pintor se inspirou, segundo o investigador italiano Silvano Vinceti, cujas teorias são divulgas nesta segunda-feira pelo jornal "The Guardian".

De acordo com Vinceti, que é presidente da comissão nacional de patrimônio cultural em seu país, o gênio renascentista, amante dos códigos, pintou uma série de letras pequenas nas duas pupilas de Mona Lisa.


"Invisíveis ao olho humano e pintadas em preto sobre verde e marrom, estão as letras LV em sua pupila direita, obviamente as iniciais de Leonardo, mas o mais interessante está em sua pupila esquerda", afirma o investigador, em declarações recolhidas pelo jornal.


Vinceti mantém que no olho aparecem as letras "B" e "S", além de, possivelmente, as iniciais "CE", o que considera de vital importância para averiguar a identidade da modelo.


Esta foi identificada frequentemente como Lisa Gherardini, a esposa de um mercador florentino, mas o investigador italiano não está de acordo, já que mantém que a Mona Lisa foi pintada em Milão.


"Atrás do quadro aparecem os números 149, com um quarto número médio apagado, o que sugere que Da Vinci o pintou quando estava em Milão na década de 1490, usando como modelo uma mulher da corte de Ludovico Sforza, o duque de Milão", declara ao jornal.


"Leonardo gostava de utilizar símbolos e códigos para transmitir mensagens, e queria que descobríssemos a identidade da modelo através de seus olhos", prossegue o italiano, que deve detalhar suas conclusões no próximo mês.


O mistério da Mona Lisa já foi objeto de teorias também na ficção, como no caso do romance "O Código Da Vinci", na qual o autor, Dan Brown, sugere que o nome é um anagrama para Amon l'Isa, em referência a antigas divindades egípcias. EFE
 
Por: Tia Jana de: Yahoo!


12 de dezembro de 2010

Espaço Ciência abre inscrições gratuitas para Cursos de Férias

Edital (download)
Professores e estudantes da rede pública têm a oportunidade de participar de cursos nas áreas de química, matemática, biologia, física e astronomia. As inscrições são gratuitas e vão até 03 de janeiro. Estão sendo oferecidas 360 vagas, sendo 120 para professores da rede pública de ensino Estadual ou Municipal em atividade e 240 para alunos. Serão ofertados seis cursos, cada um terá 20 vagas para professores e 40 para estudantes. Para se inscrever, os interessados devem enviar e-mail para cursodeferiasespacociencia@gmail.com contendo todas as exigências do edital. Para os professores, os cursos acontecerão de 17 a 28 de janeiro, com carga horária de 80h, de segunda a sexta-feira das 8h às 17h. Para os alunos, acontecerão de 24 a 28 de janeiro, cada um de 40h, de segunda a sexta-feira das 8h às 17h. Os cursistas receberão ajuda de custo e certificado de conclusão. Os cursos oferecidos são: Física e Astronomia para todos; O que Ricardo Ferreira disse para sua cozinheira; Brincando com a matemática; Escalas da vida: da molécula aos organismos; Química do cotidiano; e Para que servem os números?. As atividades serão realizadas nos laboratórios da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e Espaço Ciência. A lista dos selecionados será divulgada no site www.espacociencia.pe.gov.br até o dia 10 de janeiro de 2011.
Mais informações (81) 3183.5528 Fonte: Site da entidade

8 de dezembro de 2010

Um convite a quem ama demais

Gosto sempre de frisar que a questão não é o quanto se ama, mas sim o quanto se distorce o amar. Ou seja, estamos falando do “como”. E, nesse caso, tratamos de um vício de comportamento conectado a tudo o que não é amor. Até porque quando estamos em meio à confusão do amar demais não nos amamos.

E se o “amar o próximo como a si mesmo” é a verdade máxima, não amamos. Não nos amamos, não amamos o outro, não amamos a vida. Ou seja: toda vez que encontrar alguém que ama demais, saiba que ele(a) está sobrevivendo mais do que vivendo. Confundindo tudo mais do que amando…

Quem vive dessa maneira, não consegue se dar, não consegue receber, não consegue ver, ouvir, sentir – se não for por meio de outro. Do contrário, nada sente, nada acontece. Nesse sentido, viver em função de alguém ou alguma coisa com um forte sentido de posse, misturado a um controle que beira a doença, não agrega… Afinal, tudo o que precisamos já trazemos conosco, está dentro, é o nosso maior alimento.

Em nosso lugar Encontramos outros, é verdade, que nos alimentam a alma, o saber, o caminhar, mas fazem isso sempre como complemento. Não estão lá conosco para viver a nossa vida, escolher as nossas escolhas, tomar as nossas decisões, viver os nossos sonhos. Estes nos trazem luz toda vez que estivermos abertos para enxergar…

E, nesse contexto, por que não compreender que assim como já somos plenos também é o outro. Então, dar demais ou esperar demais deste não ajuda muito, certo? Por que não trazer o foco para dentro? Mudar o olhar, expandir a consciência, aprender a caminhar?

Por que não buscar ajuda para trabalhar a autoestima, o controle por si mesmo, o resgate da essência, da missão de vida etc, etc. Por que não investir em autoconhecimento e, como diz uma amiga, “lutar todos os dias para fazer um movimento a nosso favor, a nosso bem-estar, a nosso bem-viver”?

Esse trabalho não é fácil, não é simples, não é rápido. Mas é possível. Podemos mudar, podemos evoluir, podemos aprender a amar a nós mesmos e também o outro e então, ganhar mais qualidade de vida.

Roubados O problema de viver uma vida para o outro, em relações não saudáveis, com base na dor e sofrimento, nos tira praticamente tudo. Faz-nos cegos para o que está a nossa volta. Faz-nos surdos para o que poderia transformar a nossa existência. Torna-nos anestesiados, sem brilho, tristes. Sós.

Amar demais, esperar demais, controlar demais, viver demais o que está fora e não nos pertence é uma questão a ser analisada profundamente. Por isso, fica o convite: se estiver nesse círculo ou se conhecer pessoas nessa mesma direção busque ou convide o outro a buscar ajuda.

A vida passa depressa demais e, com ela, nossos sonhos, nossa juventude, nossas oportunidades. A capacidade de dar a volta por cima, recomeçar, redescobrir o que faz bem já está em nós. Basta investir o tempo que “gastamos” com outro exageradamente, em demasia e, trazer o foco para dentro, para o que nos pertence, para o que contribui para nossa auto-percepção, nosso valor, nosso ser.

No mais, a vida com certeza ficará mais possível e colorida. Os sons, os sentidos ficarão mais poéticos, a luz mais iluminada, os sabores mais gostosos. Descobrir a vida a partir do centro faz uma enorme diferença… Experimentar, por isso, é uma escolha que deve ser cultivada dia-a-dia com atitude e, muita, muita disciplina. Escolhas, sempre escolhas!

Por Sandra Maia - Via Yahoo

7 de dezembro de 2010

Redação erótica

Recebi essa pérola via e-mail, infelizmente, a autoria desse texto genial foi omitida. Um crime! Mesmo assim, resolvi postar aqui no blog rogando a quem souber o nome do autor dessa obra que entre em contato para que os devidos créditos sejam dados . Deleitem-se!

REDAÇÃO DE ALUNA DA UFPE

Redação feita por uma aluna do curso de Letras, da UFPE Universidade Federal de Pernambuco (Recife), que venceu um concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de Gramática Portuguesa.

Redação erótica

Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos.

O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo.

Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto. Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois.

Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula; ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros. Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta.

Estavam na posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.

Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.

O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.

Postado por Ed Cavalcante

4 de dezembro de 2010

MUDANÇA CLIMÁTICA MATARÁ MILHÕES

CANCÚN, México (AFP) - A partir de 2030, a mudança climática causará indiretamente cerca de um milhão de mortes por ano, trazendo, também, prejuízos anuais de 157 bilhões de dólares, segundo informe divulgado nesta sexta-feira em Cancún, México.

A miséria se concentrará em mais de 50 dos países mais pobres do planeta, mas os Estados Unidos vão pagar o maior preço econômico, diz o estudo.

"Em menos de 20 anos, quase todos os países do mundo perceberão sua alta vulnerabilidade ante o impacto do clima, à medida que o planeta se aqueça", advertiu o relatório apresentado na conferência da ONU sobre o clima celebrada em Cancún, leste do México.

O estudo, compilado por uma organização humanitária de países vulneráveis a mudanças climáticas, avaliou a forma como 184 nações serão afetadas em quatro áreas: saúde, desastres climáticos, perda do hábitat humano devido à desertificação e a elevação do nível do mar, além do estresse econômico.

Os que enfrentam "aguda" exposição são 54 países pobres ou muito pobres, incluindo a Índia. São os que sofrerão desproporcionadamente em relação a outros, porque são os últimos culpados pela emissão de gases de efeito estufa que provocam as mudanças, diz o informe.

"Se não houver ações corretivas", diz uma nota à imprensa, que acompanha o estudo, o mundo "se dirigirá a uma triste situação".

Mais da metade dos 157 bilhões de dólares em perdas - em termos da economia atual - terá lugar nas potências industrializadas, encabeçadas por Estados Unidos, Japão e Alemanha. Mas em termos de custo para o PBI, a proporção será muito menor nestas nações.

O documento foi divulgado por DARA, uma ONG com sede em Madri, e o fórum climático vulnerável, uma coalizão de ilhas-nação e outros países mais expostos à mudança climática.

As delegações de mais de 190 nações estão reunidas em Cancún desde 29 de novembro e até 10 de dezembro com o objetivo de reavivar a negociação internacional sobre a luta contra a mudança climática.

Fonte: Yahoo Notícias

1 de dezembro de 2010

Dia Internacional de Luta contra a AIDS

Olá Crianças!
O assunto é sério e merece atenção! O Ministério da Saúde divulgou hoje o resultado de uma pesquisa em que aparece um aumento no número de adolescente infectados pelo HIV.

Não adianta ter a 1º vez de camisinha e depois, só porque o namoro "engrenou" a pessoa se esquecer... Tem que usar sempre!

Você nunca tem como saber o que a pessoa realmente fez antes de estar com você, e mais ainda: o que fez quem estava com ela antes de você.

Por isso, o segredo é um só:  transar de camisinha todas as vezes!

29 de novembro de 2010

Experiências pedagógicas

Olá Crianças!

Olha aí o videozinho com as imagens dos projetos em que o Amaury esteve presente.


bjus a todos e parabéns pelo trabalho!

Por: Tia Jana

27 de novembro de 2010

25 de novembro de 2010

24 de novembro de 2010

Alimentos que fazem bem ao cérebro

Alguns hábitos e alimentação protegem contra a degeneração cerebral
Por Especialistas
Fornecer os combustíveis necessários para manter o cérebro saudável, pode proporcionar boa memória, concentração e vida mais ativa tanto na terceira idade quanto para o resto da vida. O cérebro, assim como os músculos do nosso corpo, precisa ser mantido ativo e bem nutrido durante toda a vida. Para tanto, devemos fornecer através da alimentação os nutrientes necessários para mantê-lo saudável, caso contrário poderá ocorrer degeneração cerebral, já que a falta de nutrientes presentes nos alimentos que consumimos possue enorme impacto sobre substâncias químicas do cérebro. Isso pode interferir no pensamento, comportamento, habilidade de aprendizagem, reações e interações.

Fornecer os nutrientes corretos e manter o cérebro em constante atividade preservam as funções deste órgão mesmo com o avanço da idade. Mas antes de falar da alimentação, é importante citar alguns hábitos e informações que ajudam a manter o cérebro em forma.   

Exercite seu cérebro: mantenha o cérebro sempre ativo, dicas interessantes são: ler livros de diferentes assuntos para estimular as várias partes do cérebro; fazer palavras cruzadas; aprender outras línguas.

Cafeína: alimentos alto teor de cafeína esgotam minerais importantes para função cerebral; interfere no sono; afeta o humor.
Sono: é fundamental para regenerar o corpo, especialmente o cérebro. Após períodos de sono reduzido, podem ocorrer falhas no funcionamento dos neurônios, alterando o comportamento das pessoas.

Álcool: impede a transmissão de informações entre os mensageiros químicos do cérebro, responsáveis por controlar o pensamento, o comportamento e as emoções. O álcool pode ainda ocasionar lapsos de memórias e até problemas mais sérios, como redução do tamanho do cérebro.

Distúrbios hormonais: o hipotálamo "liga" o sistema endócrino com o sistema nervoso. O hipotálamo é responsável pela regulação do sono, fome e sede, além de emocional e estresse.

Horários das refeições: alimentar-se em horários regulares ajuda a manter a glicemia (nível de açúcar no sangue) estável durante todo o dia. A glicose é o principal substrato utilizado como fonte de energia pelas células nervosas.  

Conheça agora os principais alimentos que garantem a saúde do seu cérebro, e por que eles são importantes para estar no prato.

Aveia - Traz energia para o cérebro, é fonte de vitaminas do complexo B que auxiliam na regulação da transmissão de informações entre os neurônios. Azeite de sacha inchi, linhaça, óleo de peixe - Fontes de ômega 3, que promove a neurogênese (formação de novos neurônios e protege os neurônios já existentes).

Brócolis e espinafre - Excelentes fontes de ácido fólico, responsável pela formação do sistema nervoso dos bebês. Além disso, contribui para um bom desempenho cognitivo e auxilia na comunicação entre as células nervosas.

Cacau - Rico em flavonóides que protegem a parede dos vasos sangüíneos e garantem um excelente fluxo sangüíneo para o cérebro. Auxilia ainda na prevenção de derrames.

Chá verde - As catequinas, presentes neste chá, possuem ação neuroprotetora, diminuem danos neurológicos e a perda de memória associada.

Clorofila - Fonte de nutrientes que auxiliam na eliminação de toxinas do organismo. Aumenta a atividade cerebral.

Cúrcuma - Possui ação antioxidante, auxilia na prevenção de doenças neuro-degenerativas, como Alzheimer e Parkinson. 

Lecitina de soja - Fonte de colina, contribui para a neurogênese, que é a formação de neurônios. Possui também fosfolipídeos, sendo o fósforo um importante mineral para a memória. O consumo de alimentos que contêm colina durante a gravidez e na fase de aleitamento influi beneficamente no desenvolvimento cerebral da criança.

Oleaginosas (nozes e amêndoas) - Contém grandes quantidades de ácidos graxos insaturados, que garantem um bom funcionamento cerebral, já que compõem a membrana das células nervosas e potencializam a transmissão de mensagens entre elas.

Suco de uva, suco de cranberry, amora e açaí - Fontes de antocianina um fitoquímico de ação antioxidante que combate os radicais livres, responsáveis por causar danos às células.  

Lembre-se de alimentar o seu cérebro: um cardápio variado e bem colorido é fundamental!

Fonte: Thais Souza e Natalia Lautherbach - Nutricionistas da Rede Mundo Verde

retirado de Yanhoo!
por: Tia Jana 

18 de novembro de 2010

Nerdice! Aquecimento Harry Potter e as Relíquias da Morte (pt1)

Pois é!
É amanhã que a saga de já dura 10 anos nas telonas terá o início de seu desfecho. As fotos e os traillers divulgados até agora ajudam a sentir o gostinho do filme, que promete! Até o próprio elenco disse que este é o melhor filme da série até o momento. Talvez a parte 2 seja ainda melhor, pois é onde as coisas vão acontecer de verdade! Sugiram que leiam o livro, pois ainda dá tempo antes que a saga acabe de vez.

Deixo vocês aqui com 2 vídeos. o trailler e uma criação de fãs (a musiquinha pega!)
 
trailler oficial

Videozinho criado por fãs

10 de novembro de 2010

A QUEM INTERESSA DESACREDITAR O ENEM?

No meio estudantil não se fala em outra coisa: os problemas do ENEM. O INEP, responsável pela “organização” da prova, vem colecionado um rosário de erros bisonhos e inaceitáveis. O mais grave é que nas duas últimas edições houve o dolo do vazamento do conteúdo da prova. Esse ano, para quem não está atualizado, além dos erros na impressão da folha dos gabaritos, houve uma denúncia de vazamento do tema da redação.

O Presidente Lula se pronunciou sobre o caso garantindo que nenhum candidato será prejudicado pelos erros da prova. Falou o óbvio, existe justiça e quem se sentiu prejudicado já recorreu. Não é o executivo que garante o cumprimento das leis, todos nós sabemos.

Numa inferência sherlockiana, fiquei imaginando a quem interessava o naufrágio do ENEM. Antes desse vestibular federal, o ingresso nas universidades se dava, exclusivamente, por vestibulares locais. Essas provas, um verdadeiro terror na vida dos secundaristas, faziam a festa dos cursinhos e bancas por aí afora. Essa indústria estava enraizada há anos em quase todo o Brasil. A efetivação do ENEM como porta de entrada para muitas universidades tirou o brilho dos cursinhos. Muitos foram fechados.

Os erros grosseiros cometidos nas últimas edições do ENEM já estão gerando uma onda de boatos sobre uma super conspiração para desacreditar o exame. Como em Pindorama tudo é possível, começo a acreditar nessa improvável hipótese.

Ed Cavalcante

8 de novembro de 2010

Justiça Federal determina imediata suspensão do Enem

Por Redação Yahoo! Brasil

A Justiça Federal do Ceará acatou liminar do Ministério Público Federal (MPF) e determinou a imediata suspensão do Enem 2010. A decisão vale para todo Brasil. A juíza da 7ª Vara Federal, Carla de Almeida Miranda Maia, acatou argumento do MPF, de que o erro da impressão das provas, que apresentava questões divididas entre o cabeçalho de Ciência e Natureza e de Ciências Humanas, levou prejuízo para os candidatos.

Para a juíza Carla de Almeida Miranda Maia, a disponibilização do requerimento aos estudantes prejudicados pela prova correspondente ao caderno amarelo e a intenção de realizar novas provas para os que reclamarem administrativamente não resolve o problema.

Segundo o procurador da República Oscar Costa Filho, a decisão vem trazer segurança e estabilidade a todos que enfrentam essa comoção nacional. O fato de o diretor do Inep ter aventado realizar provas separadas para o mesmo concurso apenas confirma o total desconhecimento dos princípios que informam os concursos públicos, entre os quais a igualdade.

As provas aplicadas a 3,3 milhões de candidatos apresentaram diversos erros. Vinte e um mil cadernos de prova amarelos apresentaram erro de montagem e não continham todas as 90 questões aplicadas nos sábado (6). Não se sabe ainda quantos candidatos foram prejudicados por esse problema, já que em cada local de aplicação há uma reserva técnica de 10% dos exames que permitiria a troca do material defeituoso. Para evitar cola, o Enem tem quatro versões de prova: amarelo, azul, rosa e branco. As questões são as mesmas, o que varia é a ordem. Em milhares de casos, por um erro no encarte, folhas do caderno de prova amarelo estavam misturadas com folhas da prova branca. Com isso, estudantes se depararam com questões repetidas ou ausentes.

Também no sábado, a folha em que os estudantes marcam as respostas das questões estava com o cabeçalho das duas provas trocado. O exame teve 90 questões, sendo a primeira metade de ciências humanas e o restante de ciências da natureza. Mas, na folha de marcação, as questões de 1 a 45 eram identificadas como de ciências da natureza e as de 46 a 90, como de ciências humanas.

A gráfica RR Donnelley Moore, responsável pela impressão dos cadernos do Enem, emitiu nesta segunda-feira uma nota sobre o caso.

Segundo o texto, a impressão dos cadernos foi realizada dentro de rigorosos controles e o erro encontrado representa apenas 0,003% das 10 milhões de provas impressas. A gráfica informou que houve falha em um dos lotes de produção, que continha 33 mil cadernos amarelos com problema de ordenação. Desse total, 21 mil cópias foram distribuídas. O comunicado explicita que os erros se encontram "dentro da normalidade".

A gráfica também indicou que a manutenção do sigilo do conteúdo impede a leitura do material já impresso. Isto obriga a RR Donnelley Moore a "elaborar critérios especiais de verificação da qualidade de impressão, sem que esse conteúdo seja devassado", de acordo com a nota.

*Com Agência Brasil e Agência Estado

Postado por: Tia Jana

7 de novembro de 2010

Especialistas afirmam que expor famílias na web também é crime

O caso da estudante de Direito que postou mensagens ofensivas aos nordestinos no Twitter e no Facebook após o resultado da eleição presidencial ganhou grande repercussão em virtude do preconceito, mas também extrapolou os limites de privacidade da família da jovem envolvida.

Conforme mostrou a reportagem do iG, a família de Mayara Penteado Petruso vem sofrendo preconceito social e teve sua privacidade absolutamente exposta na internet por causa do episódio. Diversos blogs na internet exibem o nome, local de trabalho e até o endereço de residência de diversos parentes da jovem que nada têm a ver com o caso.

A postura, segundo o advogado Leandro Bissoli, especialista em Direito Digital do escritório PPP Advogados, é “tão criminosa quanto os comentários da estudante”. De acordo com Bissoli, a exposição de dados particulares de qualquer pessoa na web sem autorização pode acarretar em invasão de privacidade e crime contra a honra. “Ninguém pode combater um crime praticando outro crime e expondo pessoas que nada têm a ver com o assunto. Ao direcionar dados públicos exigindo cobrança da família, esses blogueiros estão incitando a violência tanto quanto a moça”, diz Bissoli.

Para o promotor Augusto Rossini, professor de Direito na Sociedade da Informação do curso de Mestrado da FMU, dependendo do caso, a família da jovem pode pedir indenização na Justiça por conta da exposição. O responsável pelas postagens pode ter consequências não só na esfera criminal, sendo preso ou respondendo processo, mas também na esfera cível, tendo que indenizar os familiares por dano moral. “Ao pregar o revanchismo, a pessoa que expõe os dados de uma pessoa pode ser responsabilizada por qualquer coisa que aconteça com a vítima. Se ela perder o emprego ou sofrer alguma violência, pode responsabilizar o autor da postagem”, analisa Rossini.

O promotor lembra que o Código Civil Brasileiro deixa claro que apenas a pessoa que comete o crime pode ser responsabilizada pelo ato.

Ferramentas de comunicação Os especialistas ouvidos pelo iG concordam que as frases postadas por Mayara nas redes sociais são muito graves e incorreram em pelo menos três crimes graves: racismo, discriminação e incentivo à violência. Caso seja condenada pela Justiça, a jovem pode até ser presa se a culpa dela realmente for provada na Justiça.

Além do Facebook, Mayara Petruso também postou no Twitter frases de preconceito contra os nordestinos. A jovem agora é alvo de ação da Procuradoria da República de SP

O agravante do episódio, segundo o advogado Leandro Bissoli, é o uso das ferramentas de comunicação, que podem elevar a punição para a garota. De acordo com o especialista, quando alguém comete um crime de preconceito em ambiente privado ela está sujeita a uma pena determinada pelo Código Penal. Quando o mesmo crime acontece em público, como é o caso das redes sociais, o problema se torna ainda mais grave e a pena pode até dobrar, dependendo do entendimento do juiz.

“Todos os dias, diversos crimes de preconceito são cometidos na internet, onde as pessoas se sentem desinibidas e acham que podem cometer qualquer barbaridade. Esse episódio serve para mostrar que a violência é passível de punição também na web”, justifica Bissoli.

O promotor Augusto Rossini afirma que o episódio envolvendo Mayara Petruso pode servir de exemplo e inibir a prática desses crimes na web, que muitas vezes não são punidos porque as pessoas simplesmente não denunciam. “Se não houver uma ação cidadã dos internautas que se deparam diariamente com esse tipo de prática, as pessoas que cometem crimes se sentirão livres para continuar praticando esses delitos”, aponta o promotor.

Postado por Edvaldo Cavalcante

Retirado de Último Segundo

2 de novembro de 2010

Ética e política

Por Frei Beto

A “ética” neoliberal se reduz às virtudes privadas dos indivíduos. Assim, reforça a atitude paralisante do moralismo, que reduz a ética a uma ilusória perfeição individual. Ora, se a sociedade é estruturada, a ética exige uma teoria política normativa das instituições que regem a sociedade.

Como acentua Marilena Chauí, não basta falar em ética na política. A crítica às instituições geradoras de injustiças e negadoras de direitos exige uma ética da política. Criar espaços de criação de novos direitos. As instituições devem garantir a toda a sociedade a justiça distributiva – a partilha dos bens a que todos têm direito –, e a justiça participativa, a presença de todos – democracia – no poder que decide os rumos da sociedade.

De onde tirar os valores éticos universalmente aceitos? Como levar as pessoas a se perguntarem por critérios e valores? Hans Küng sugere que uma base ética mínima deve ser buscada nas grandes tradições religiosas. Seria o modo de passarmos das éticas regionais a uma ética planetária. Mas como aplicá-la ao terreno político? Mudar primeiro a sociedade ou as pessoas? O ovo ou a galinha?

Inútil dar um passo atrás e fixar-se na utopia do controle do Estado como precondição para transformar a sociedade. É preciso, antes, transformar a sociedade através de conquistas dos movimentos sociais, e de gestos e símbolos que acentuem as raízes antipopulares do modelo neoliberal. Combinar as contradições de práticas cotidianas (empobrecimento progressivo da classe média, desemprego, disseminação das drogas, degradação do meio ambiente, preconceitos e discriminações) com grandes estratégias políticas.

É concessão à lógica burguesa admitir que o Estado seja o único lugar onde reside o poder. Este se alarga pela sociedade civil, pelos movimentos populares, pelas ONGs, pela esfera da arte e da cultura, que incutem novos modos de pensar, de sentir e de agir, e modificam valores e representações ideológicas, inclusive religiosas.
Retirado de Caros Amigos

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Affiliate Network Reviews