Blog da Escola de Referência e Educação Jovens e Adultos Amaury de Medeiros

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18 de maio de 2008

40 ANOS DEPOIS, ECOS DAS VOZES DE MAIO

PROF. EDVALDO CAVALCANTE
“Em maio de 68/ Na paz de um quarto aqui nos trópicos/ Chovia, ninguém via, mas eu estava aqui/ Os estudantes pelas ruas/ À espera, um batalhão de sabres/ Que feria quem queria e eu já estava aqui...” Os versos que abrem esse meu post, fazem parte da canção “Vozes de Maio”, que escrevi em 1998 para a banda de rock do amigo Maurílio. Sempre fui fascinado pela efervescência de acontecimentos do ano de 1968. Não apenas pelos movimentos estudantis iniciados em Nanterre, mas por tudo que veio a partir daí.
No Brasil ,Glauber Rocha triturava a mesmice da telona e dava vida ao Cinema Novo. Ecos das vozes de maio. O nome desse blog que você está visitando – JORNÁLIA – é uma homenagem a “Tropicália” ,do Caetano Veloso ,que floresceu em 68. Analisar os acontecimentos desse período baseando-se apenas na estética da “contracultura” (bandos de hipies protestando contra a guerra do Vietnã; dançar pelado na lama em Woodstock), é diminuir a importância do que aconteceu no mundo nesse conturbado ano. Jean-Luc Godard, que em 68 era favorito à Palma de Ouro, liderou um movimento em apoio aos estudantes. Ele parou o Festival de Cinema de Cannes que acabou não premiando ninguém naquele ano. Eu poderia citar ainda a “Primavera de Praga”, o “Massacre da Praça das Três Culturas”, no México, a “Passeata dos 100 mil”, no Rio de Janeiro, os “Mutantes”... Teria que escrever um post para cada acontecimento e cada ícone desse ano. Mesmo assim ficaria com a impressão de que “1968 foi o ano que nunca acabou”. As vozes de maio ainda ecoam.
*CLIQUE AQUI E ACESSE UMA EXPOSIÇÃO VIRTUAL REUNINDO VÁRIOS CARTAZES UTILIZADOS NOS PROTESTOS DE MAIO DE 68.

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